Great Scott #726: Último jogador de campo português a ir à baliza para a UEFA?

Great Scott Mais 02/16/2023
Tovar FC

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Great Scott #726: Último jogador de campo português a ir à baliza para a UEFA?

Delfim

Germano, nunca visto e jamais repetido. Na final da Taça dos Campeões 1965, em pleno Giuseppe Meazza, o Benfica vê-se privado do guarda-redes Costa Pereira e, à falta da lei das substituições, é preciso um jogador de campo para ir à baliza.

Como o Benfica já perde 1:0, ‘casa’ de Costa Pereira no golo de Jair, o central Germano chuta para canto as pretensões de Eusébio e José Augusto, os outros candidatos ao posto. Com Germano à baliza, zero golos. E acaba 1:0 para o Inter, então bicampeão europeu.

Passam-se uns anos (poucos) e, em 1967, a UEFA lá aceita as substituições. Mais uns anos em cima e até já há três por equipa. Agora é cinco no tempo regulamentar mais duas no prolongamento, daí que 35 artistas tenham passeado o seu nome na final do Mundial-2022.

Nesse deve e haver, entre as três e as cinco substituições, há um caso extraordinário durante o 1:1 entre Zenit e Marselha, em São Petersburgo, para a Taça UEFA. Aos 82 minutos, Delfim é a terceira substituição na tentativa de chegar à vitória e também ao apuramento.

Em vão. Aos 90’, o guarda-redes Carrasso, titular no lugar do lesionado Barthez (a outra ausência de vulto na Rússia é Ribéry, expulso na primeira mão), vê o vermelho por uma acção desmiolada fora da área. Aliás, Carrasso é o destaque negativo do dia porque abre a capoeira no 1:0 de Kerzhakov, aos 69’. No quadradinho seguinte, Déhu empata de livre directo.

Estamos assim, então, 1:1 ao minuto 90’. O árbitro alemão Fandel dá mais três de descontos e Carrasso é apanhado em flagrante. Sem mais substituições a seu cargo, o Marselha reinventa-se e é Delfim quem vai à baliza. A experiência corre-lhe bem, sem golos sofridos nem remates ao arco. Ora aí está um digno sucessor de Germano.

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