Great Scott #830: Quem dá o último toque nos dois golos do Sporting-Ajax em 1993?
Frank de Boer
O Sporting 1993-94 respira confiança. Com dois reforços do Boavista, ambos guarda-redes (Lemajic mais Costinha), e outros dois do Benfica (Paulo Sousa mais Pacheco), a equipa de Bobby Robson alimenta o sonho de finalmente soltar o grito de campeão ao fim de 11 anos.
A pré-época é marcada por grandes exibições e resultados condizentes na Holanda, onde decorre o estágio por três semanas – cinco vitórias e um empate. Pelo meio, um desvio até Millwall para inaugurar o Estádio The Den e outra vitória, esta arrancada a ferros com golos de virada de Cadete (em recarga a um penálti falhado por Balakov e defendido por Kerr) e Juskowiak (a três minutos do fim).
No regresso a casa, o Sporting mantém a veia holandesa e convida o Ajax. É o pretexto para ver Rijkaard no José Alvalade. Ele que estivera quase quase quase a jogar no Sporting de Jorge Gonçalves, em 1987-88. O negócio vai por água abaixo e Rijkaard só faz um treino no relvado número 2 antes de assinar pelo Saragoça. Daí para o Milan, onde ganha tudo e mais alguma coisa.
Em 1993, já cansado da movida de pressão constante, dentro e fora dos relvados italianos, Rijkaard volta ao Ajax, de onde saíra em conflito aberto com o treinador Cruijff na tal época 1987-88. Nessa noite de 10 Agosto 1993, o Sporting apresenta-se aos sócios e joga com Lemajic; Peixe; Nélson, Valckx e Paulo Torres; Paulo Sousa; Figo, Balakov e Pacheco; Cherbakov e Cadete (cap).
O Ajax de Van Gaal, campeão europeu daí a ano e meio, em 1995, joga com Menzo; Blind (cap), Frank de Boer, Van den Brom e Kreek; Rijkaard e Oulida; Ronald de Boer, Litmanen e Overmars; Petterson. No banco, um menino de 16 anos chamado Seedorf.
A noite é de ov’s, o 2:0 é obra de Cherbakov (29’) e Balakov (90’). Em ambos os casos, Frank de Boer intromete-se na jogada e acaba por enganar o guarda-redes Menzo à grande e à holandesa.