Great Scott #878: Quem é o seleccionador de andebol de Portugal campeão europeu sub18 em 1992?

Great Scott Mais 10/06/2023
Tovar FC

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Great Scott #878: Quem é o seleccionador de andebol de Portugal campeão europeu sub18 em 1992?

Mircea Costache

O homem é herói a toda a hora. Como jogador da selecção romena, é seu o golo da vitória na final do Mundial-61, vs. Checoslováquia, em Dortmund (9:8, após dois prolongamentos). Como treinador da selecção portuguesa, é campeão europeu sub18.

O evento é o primeiro de sempre naquele escalão. Estamos na Suíça, em Setembro 1992. A equipa portuguesa passa a fase de grupos e, depois, elimina a favorita Noruega na ½ final por 28:27, em Winterthur. Com o apoio incondicional dos emigrantes, Portugal ganha avanço bem cedo com 3:0 aos 5 minutos, 5:2 aos 10’ e 12:11 ao intervalo.

Na segunda parte, a Noruega entra forte e chega a estar em vantagem por três golos. Segue-se a reviravolta portuguesa com Ricardo Viela em particular destaque, autor de sete golos – melhor só o compatriota Eduardo Filipe (9) e o norueguês Lauritzen (8). A dois minutos do fim, com 28:24, Portugal acha-se no comando do jogo. Puro engano, a Noruega marca três golos e até um quarto, bem anulado pela dupla de árbitros holandeses por o tempo ter expirado antes do remate.

A final está marcada para 13 Setembro, em Zurique, num pavilhão cheio (mil pessoas). A adversária é a Rússia e, mais uma vez, Portugal entra em grande estilo. Daí a vantagem 13:10 ao intervalo. E, atenção, muita atenção, Portugal falha quatro livres de sete metros. A Rússia reage com galhardia e empata 22:22 ao minuto 22. Ele há coisas. Com a corda toda, os russos até passam para a frente do marcador e Portugal só provoca in extremis o prolongamento, com 24:24.

No tempo extra, o nosso contra-ataque dá sinal de si e estica-se a vantagem para quatro golos (28:24). A Rússia ainda tenta corrigir, em vão. Acaba 30:26 e a festa é imensa. Para a estatística, eis os heróis portugueses da final: Sérgio Morgado; Miguel Póvoa (3), Nuno Guerra, Paulo Vieira (6), Jorge Menezes (8), Miguel Fernandes (1), Eduardo Filipe (4), Ricardo Viela (1), Danilo Ferreira, Fernando Nunes (5) e Marco Tonicher (2). Quem levanta a taça é o capitão Miguel Póvoa.

Três anos depois, em 1995, na Argentina, essa geração vai ao Mundial e atinge a ½ final. No jogo de atribuição do terceiro lugar, 24:23 vs. Noruega é um prémio para a sabedoria ímpar de Mircea Costache, já campeão africano pela Argélia em 1973 e futuro campeão português da 3.ª divisão pelo Águas Santas em 1996.

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