Great Scott #919: Quem marca o golo do título de campeão nacional do Sporting em 1970?
Eusébio
O Sporting 1969-70 é forte, fortíssimo. À quarta jornada, é líder isolado com 14:0 em golos. À quinta, 2:1 ao FC Porto no José Alvalade. À sexta, pit stop na Póvoa (0:0). Na semana seguinte, 1:0 de Marinho vs- Benfica. Até ao final da primeira volta, só uma derrota (3:0 vs. Académica, em Coimbra).
A passadeira para o título de campeão está estendida, mais-que-estendida. E a segunda volta é outro passeio de bons resultados e exibições convincentes. Ou resultados convincentes e boas exibições. Tanto faz, vai dar ao mesmo no caso deste fulgurante Sporting, coroado campeão com inacreditáveis quatro jornadas de antecedência.
O dia é especial, porque o Sporting precisa de ajuda extra. Na altura, é o Vitória FC de Pedroto a andar pelo segundo lugar. A distância é de seis pontos, à partida para a 22.ª jornada. O Sporting ganha 2:1 no Restelo, golos de Marinho e Dinis – desconta Laurindo já perto do fim. No Jamor, o jogo grande entre Benfica e Vitória FC.
Jamor, então? O Benfica apanha sete jogos de castigo por invasão de campeão a meio de um 0:0 vs. Belenenses na Luz, a 25 Janeiro. Quando o árbitro expulsa Torres e, depois, Malta da Silva, a malta impacienta-se e interrompe o dérbi para bater no árbitro. Vale ao setubalense João Nogueira a pronta intervenção do capitão Toni.
Num desses sete jogos em campo neutro, o Benfica recebe o Vitória FC e dá a volta ao marcador no último instante. Começa melhor o Vitória, autogolo de Calado. Empata o suplente Torres, aos 65 minutos. Ao cair do pano, o portuense Fernando Leite assinala penálti por falta de Alfredo sobre Torres (sempre ele). Chamado a bater, Eusébio engana Vital e fixa o 2:1.
O golo de Eusébio permite a festa de campeão do Sporting. Nas quatro jornadas restantes, o Sporting contabiliza outras tantas vitórias com um total de 13:4 em golos. Uma máquina.