Great Scott #1046: Quem marca o primeiro e último golo da era Queiroz no Real Madrid?

Great Scott Mais 09/04/2024
Tovar FC

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Great Scott #1046: Quem marca o primeiro e último golo da era Queiroz no Real Madrid?

Figo

O Real Madrid 2003-04 é um carrossel de emoções. Tudo começa na pré-época com a saída dos campeões espanhóis em título Del Bosque (treinador), Hierro (capitão) e Morientes (goleador). A razia é promovida pelo presidente Florentino Pérez, acolitado pelo director desportivo Jorge Valdano.

Para o lugar de Del Bosque, um sonho antigo de Valdano chamado Carlos Queiroz. O português é a grande surpresa do mercado internacional. Na aventura em Madrid, o adjunto é Peseiro – em vez do habituée Nelo Vingada, contratado pelos egípcios do Zamalek na véspera de Queiroz dar o sim a Pérez.

Num plantel com dois campeões mundiais (Ronaldo, Zidane) mais umas quantas estrelas do jet-set futebolístico (Roberto Carlos, Figo, Beckham, Raúl), o Real Madrid arranca mal e perde o primeiro jogo oficial, em Palma de Maiorca, para a primeira mão da Supertaça espanhola.

Figo até marca o primeiro golo da noite no San Moix, só que o Maiorca de Jaime Pacheco dá a volta por Ibagaza e Bruggink. Na segunda mão, 3:0 para o Real e Queiroz levanta o troféu. A alegria ainda dura uns largos meses e o Real até comete a proeza de ganhar em Camp Nou, algo nunca visto há 21 anos.

O problema é o final de época, ali mais ou menos a partir de Março. O primeiro sinal de desconforto é a derrota na final da Taça do Rei, vs. Saragoça (3:2). Segue-se a eliminação aos pés do Monaco, com golos de Morientes, nos ¼ final da Liga dos Campeões. A partir daí, é sempre a descer. Pobre Real, pobre Queiroz.

Na 34.ª e última jornada da Liga, já sem hipótese de lutar pelo título de campeão, entregue ao Valencia de Rafa Benítez na semana anterior, o Real Madrid tem de ganhar em casa à Real Sociedad e esperar por uma derrota do Barcelona em Saragoça para acabar no segundo lugar, o último de acesso directo à Liga dos Campeões.

O Barcelona cumpre, por assim dizer, e perde 2:1. O Real Madrid nem por isso e acumula a quinta derrota seguida na Liga. Sem Beckham, Zidane, Guti e Michel Salgado, todos suspensos, o Real Madrid fecha a época com um desastroso 4:1. Já há 0:2 à meia-hora. É de Figo o golo de honra, aos 39’, de penálti. Na segunda parte, Xabi Prieto e De Paula atiram o Real Madrid para o quarto lugar, a sete pontos de Valencia, a dois de Barcelona e a um de Depor.

Do mal o menos, o Real Madrid conquista o título de melhor marcador. Fraca consolação, óbvio. A vitória pírrica é de Ronaldo, com 24 golos, mais quatro que Júlio Baptista (Sevilha) e cinco que Mista (Valencia).

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