Que festival, 5:0 à Alemanha

Kali Ma Mais 06/27/2020
Tovar FC

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Que festival, 5:0 à Alemanha

Alemanha. O nome assusta por si só. Alemanha. Acumula força, grandeza e estatuto. Falta-lhe talento e toque de bola. Disso se aproveita Portugal para golear 5-0 (Bernardo 25’, Ricardo 33’, Cavaleiro 45’+1, João Mário 46’, Rafael Horta 70′) e selar tranquilamente o apuramento para a final do Euro sub-21, marcada para terça-feira (vs Suécia).

Com dez vitórias na qualificação (oito na fase de grupos mais duas no play-off), a equipa de Rui Jorge entra no Euro propriamente dito com a categoria que se impõe, com 1-0 à Inglaterra (golo de João Mário). Segue-se o nulo com Itália e o 1-1 vs. Suécia (obrigado Gonçalo Paciência). O primeiro lugar do grupo B está assegurado. Invicto. Sempre. Venha de lá a Alemanha, segunda classificada do grupo A.

É uma equipa sem rasgos de génios nem habilidade mas trabalhadora como nunca e isso incomoda qualquer um. Ou não. Portugal entra no jogo como se nada fosse, a trocar a bola, a baralhar os alemães. Durante 40 minutos, o guarda-redes José Sá é tão-só um espectador em Olomouc (República Checa). Por essa altura, quando Younes obriga o número 1 a defesa habilidosa para canto, já estamos com dois de vantagem. Cortesia de Bernardo Silva e Ricardo Pereira.

O 1-0 nasce de um roubo de bola de William. O 6 solta para Bernardo e este toca de primeira para Cavaleiro. O extremo rodopia sobre si mesmo, leva consigo dois alemães e faz o passe vertical para Bernardo, que entra na área e atira imparável com o pé esquerdo. Sem hipótese para Ter Stegen – esse mesmo, o titular do Barcelona na Liga dos Campeões e Taça do Rei.

Passam-se oito minutos e Portugal aumenta a dose. Canto de Bernardo desde a direita, cabeceamento de Paulo Oliveira para o segundo poste e encosto de Ricardo Pereira, completamente só, sem marcação. Dois-zero está de bom tamanho, pensa-se. Puro engano. No período de descontos, Ricardo corre pela esquerda e cruza para João Mário. O sportinguista domina e atrasa ligeiramente para o pontapé triunfante de Cavaleiro a meia altura. Três-zero. Game over. O árbitro apita para o intervalo e ouvem-se os alemães a discutir uns com os outros, enquanto o seleccionador Hrubesch fala com os adjuntos com cara de poucos amigos.

Começa a segunda parte e Portugal acelera. Aos 44 segundos, Bernardo foge da esquerda para o meio antes de lateralizar para Ricardo e este assistir João Mário. O seu remate trai Ter Stegen por culpa de Ginter e aquilo mais se parece um penálti: bola para um lado, guarda-redes para o outro. Está feito o 4-0. E não mexe mais? Calma, ainda há mais. É o dá cá mais cinco. Jogada de suplentes, com cruzamento de Cancelo e antecipação karateca de Horta.

E agora, não mexe mais. Para quê gastar baterias se a final está aí à porta? Rui Jorge gere o plantel e faz descansar Bernardo mais Raphaël já a pensar no jogo de terça-feira, em Praga. Portugal joga assim vs. Alemanha: José Sá; Esgaio, Paulo Oliveira, Tobias e Raphaël (Cancelo, 64); William, Sérgio Oliveira, João Mário e Bernardo (Rafa, 50); Ricardo e Cavaleiro (Ricardo Horta, 46).

Contas feitas, cinco golos em sete remates à baliza e só 49% de posse de bola.

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