A empatia de Santos Costa
O Record é especial por tudo e mais alguma coisa. O do Bairro Alto, digo. Descemos a rua e das duas, três: à esquerda, o pontapé na dita; em frente, o Frágil; à direita, o Portas Largas e todo um mundo xpto até à Casa da Índia, uma tasca do best, onde se come bem e bebe-se melhor, sobretudo em fins de tarde à espera da Liga dos Campeões.
Como se isso fosse pouco, o jornal reúne um Santos Costa (em Lisboa) e um Costa Santos (em Coimbra). É o maior barato. O Santos Costa é um dos grandes. Títulos como este do Belenenses-Benfica é mato. Seja qual for o palco, Santos Costa deixa-nos de água na boca. Com ou sem pastéis.
O homem tem jeito para a escrita. E para o resto, porque é daqueles jornalistas sem ego nem maneirismos. Lembro-me bem de o ver chegar à redacção naquele seu estilo peculiar: camisa aberta, fio no peito, bigode farfalhudo, conversa tu cá-tu lá, gargalhada fácil. Se todos fossem tão descontraídos como ele, o mundo agradeceria (o do jornalismo e não só).