Great Scott #96: Único árbitro português numa colecção Panini do Euro?
Rosa Santos
O Mundial-86 deixa marcas. Em Portugal, queremos dizer. O pós-Saltillo é um tormento e qualificação para o Euro-88 é para esquecer, com duas vitórias em oito jogos, vs Suécia e Malta, ambas fora, ambas 0:1 (Gomes em Solna e Frederico em Ta’ Qali). Em casa, zero. Zero vitórias. Nem com Malta? Nem com Malta. Acaba 2:2, bis de Jorge Plácido, nos Barreiros. Feitas as contas, Portugal de Ruy Seabra acaba o grupo 2 em terceiro lugar, a cinco pontos da líder Itália, com a qual perdemos no Jamor (0:1 de Altobelli) e no Giuseppe Meazza (3:0 por Vialli, Giannini e De Agostini).
À falta da selecção, Portugal faz-se apresentar no Euro-88 pelo árbitro bejense. Rosa Santos, de seu nome. Que figura, careca e bigodaça. Português à séria, sempre a espalhar magia. Um cromo. Da Panini, salvo seja. Basta-lhe um jogo para entrar no livro de honra. É o Inglaterra 1:3 URSS, em Frankfurt (RFA). Quatro anos depois, no Euro-92, Rosa Santos volta a apitar um jogo. Inglaterra, again. Derrota, again. Agora para a Suécia, em Solna, o Jamor dos suecos, ali paredes-meias com a capital Estocolmo.