Holanda 2006 vs Celta 1999
Por muitas vezes que tenhamos visto o filme, ainda festejamos o golo de pontapé de bicicleta de Pelé e deliramos com a defesa de Stallone naquele penálti no último minuto. Isso mesmo, é o “Fuga para a Vitória”, exibido nas primeiras salas de cinema dos EUA no dia 30 Julho 1981. Oportunidade para ver actores de verdade, como Michael Caine e Sylvester Stallone, a contracenar com futebolistas de carne e osso, casos de Pelé (Brasil), Deyna (Polónia), Ardiles (Argentina), Van Himst (Bélgica), Moore (Inglaterra), entre outros. O treinador da equipa é o genial John Huston.
Pouco mais de 20 anos depois, a Holanda aparece no Mundial da Alemanha vestida à Fuga Para a Vitória. No lugar de John Huston, um tal Van Basten. Em vez de Pelé, Moore, Deyna etc e tal, Boulahrouz, Van Bommel, Sneijder etc e tal. E o jogo, que tal? Confusão ilimitada. Tanto na ficção (Paris) como na realidade (Nuremberga). Daí o resultado final de 16 amarelos e quatro vermelhos. Ou seja, 20. E faltas? Só 25. E golos, vá? Só um, de Maniche. E que golo. Van der Sar nem a vê. Se fosse o Stallone, outro galo cantaria.
Repetimo-nos, o filme é de 1981. Quatro anos depois, a Citroën apodera-se de Vigo (que não o Mortensen). De 1985 até 2016, a marca francesa automóvel veste o Celta. Ao todo, 31 anos de patrocínio com dois 7:0 europeus. Um ao Arges Dacia, outro ao Benfica. Separa-os um ano e dois meses, é um festim memorável. Ainda há 3:1 ao Aston Villa, 1:0 ao Liverpool, 4:0 à Juventus, 5:3 ao Estrela Vermelha e 2:1 ao Milan. Cinco vitórias sobre campeões europeus é dose. Daria outro filme, realizado pelo genial Mostovoi.