Uma lenga lenga desde 1931
A Academia Brasileira de Letras e a Academia de Ciência de Lisboa acertam mais um passo a caminho da unificação da ortografia luso-brasileira, cujo primeiro capítulo é de 1911. Vinte anos depois, toma lá disto. Até final do século XX, as duas línguas aproximam-se (salvo seja) em 1945 e, depois, 1990.
A resolução de 1931 contempla as seguintes normas, ariops
- Não aceitação da escrita de qualquer consoante muda: excetuar
- Acentuação de oxítonas terminadas em I ou U: tupí,urubú
- Acentuação de quaisquer proparoxítonas ou paroxítonas “não vulgares” que pudessem suscitar dúvidas de pronúncia: aváro, efébo, pegáda, Setúbal, sánscrito
- Ausência de acentuação para marcar hiato: ciume e reune, em vez de ciúme e reúne.
- Não menção de acento grave
- Conservação de H medial em palavras como inhumano, deshabitar, deshonra, rehaver.
- Supressão do S em palavras como sciência e scisão, passando a ciência e cisão (proposta adotada em 1945)
- Conservação do ditongo ue em palavras como azues (embora o ditongo oe em anzoes passasse a ói (anzóis), como na ortografia de 1911)
- Fixação da grafia com Z de nomes próprios oxítonos em português terminando no som /s/: Tomaz, Luiz, Queiroz. Jesus e Paris ficariam excetuados por serem de difícil alteração.