Great Scott #418: Único clube apurado por moeda ao ar para uma final europeia?

Gornik Zabrze

É tramada, a vida de um árbitro. Antes da decisão por grandes penalidades para desempatar um jogo, queremos dizer. Porque isso significa o queê?

Moooooeda ao ar.

Que raio de mundo, esse.

Em abono da verdade, a moeda ao ar garante a Itália na final do Euro-68. E, não contente com essa atrocidade, a UEFA continua com a brincadeira por mais uns anos. Na época 1969-70, a meia-final da Taça das Taças entre Gornik Zabrze e Roma acumula 340 minutos de bola. Em Roma, 1:1. Em Chorzow, 2:2 após prolongamento. Há falta da tal regra dos golos fora, entretanto implementada e recentemente retirada, está 3:3 e é preciso um jogo de desempate. As duas equipas decidem o campo neutro em Estrasburgo. E toma lá outro empate 1:1, após prolongamento, agora com duas falhas de iluminação pelo meio.

Pois é, e agora? Quer dizer, a final vs Manchester City está marcada daí a uma semana, dia 29 Abril, em Viena, e a malta tem mais que fazer do que andar de um lado para o outro. O árbitro francês Machin saca da moeda e cá vai disto. Curiosidade maiúscula, a Roma já eliminara o PSV nessa Taça das Taças por esse caminho e está mais à vontade, digamos assim. Outra curiosidade, duplamente maiúscula: HH (isso mesmo, Helenio Herrera é o treinador da Roma).

A moeda vai ao ar e? O Gornik Zabrze é a primeira (e até agora única) equipa polaca a chegar a uma final europeia. A grande referência é Lubanski, figura da selecção nos anos 70 e autor de sete golos do Gornik nessa campanha europeia. Na final de Viena, o City cresce e ganha por 2:1, com 2:0 ao intervalo. É ainda hoje o seu único título europeu, conquistado de vermelho e preto às riscas verticais. O Gornik joga de branco, com azul escuro nas mangas da camisola.