Great Scott #665: No primeiro sorteio entre os jogadores, a quem sai o número 10 de Portugal no México-86?
Diamantino
O número 10 tem muito que se lhe diga. Na selecção portuguesa em Mundiais, só Rui Costa marca golos. Um, só (vs, Polónia, em 2002). Antes e depois, zero, bola.
Para o segundo Mundial de Portugal, em 1986, o processo da numeração dos 22 é através de sorteio numa sala de hotel em Cascais, onde a selecção estagia. Segue-se uma reunião para os jogadores esgrimirem argumentos e darem azo à arte da negociação. Futre dá o 6 e recebe o 11 de Carlos Manuel.
Jaime Pacheco troca o 16 pelo 9 José António e, depois, pelo 7 de Ribeiro. Este, por sua vez, deixa-se seduzir pelo 4 de Gomes. E o que faz Gomes? Dá o 7 a Jaime Pacheco. Que confusão. Adiante. Diamantino entrega o 10 a Veloso (olha quem) e leva-lhe o 17. Por fim, Inácio dá o 2 a João Pinto e veste o 20.
Até chegar ao México, há mais um cambalacho. O doping positivo de Veloso implica a chamada de Bandeirinha e o 10 está livre. Futre aproveita a dica.
Eis as mudanças do sorteio em Cascais até à lista final para a FIFA
1 Bento
2 Inácio (João Pinto)
3 Sousa
4 Gomes (Ribeiro)
5 Álvaro
6 Futre (Carlos Manuel)
7 Ribeiro (Jaime Pacheco)
8 Frederico
9 José António (Gomes)
10 Diamantino (Futre)
11 Carlos Manuel (Bandeirinha)
12 Jorge Martins
13 Morato
14 Jaime Magalhães
15 Oliveira
16 Jaime Pacheco (José António)
17 Veloso (Diamantino)
18 Sobrinho
19 Rui Águas
20 João Pinto (Inácio)
21 André
22 Damas