Great Scott #686: Único sportinguista a falhar penálti em Mundiais?
Balakov
O Mundial-94 é um espectáculo de cor e emoção, há selecções a sair do armário como Bulgária, Roménia e Suécia.
Das três, a Bulgária é a mais surpreendente. Pela qualificação garantida no último minuto em pleno Parque dos Príncipes (2:1 de Kostadinov) e pelo início traumático nos EUA (3:0 da Nigéria). Daí em diante, a Bulgária transforma-se e dá espectáculo.
De registar o 2:0 vs. Argentina (já sem Maradona) e o 2:1 vs. Alemanha. Pelo meio, a célebre eliminatória vs. México em que a baliza cai a meio da segunda parte, por obra e graça da acção de Bernal, na sequência de um canto da direita de Balakov e um cabeceamento venenoso de Kostadinov ao primeiro poste. Junto ao segundo poste, o número 6 afasta de cabeça para canto e entra pela baliza dentro. A parte superior da baliza cai em cima dele e é preciso substituir a baliza. Nunca visto, jamais repetido.
Por essa altura, já o resultado está 1:1. Abre o marcador o inevitável Stoitchkov, após abertura de Iordanov desde o meio-campo. Hristo isola-se pela esquerda e dá só um toque na bola antes de atirar com força mais colocação à saída do colorido Jorge Campos. No quadradinho seguinte, Kremenliev faz falta sobre Zague e o esfínigico Garcia Aspe empata de penálti, com o pé esquerdo.
Até ao fim dos 90’, nada de novo. Até ao fim dos 120’, mais do mesmo. Acaba empatado em golos (2), cartões amarelos (10) e vermelho (2). Em matéria de substituições, a Bulgária faz duas (a última é Kostadinov por Mihtarski aos 119’) e o México nenhuma. É verdade, nem uma. Incrível. Aos jornalistas, o seleccionador Miguel Mejía Barón diz de sua justiça. ‘Não vi necessidade em mexer na equipa.’ No banco, Hugo Sánchez.
Penáltis, vamos lá. O primeiro a avançar é Garcia Aspe. Desta vez, Mihailov adivinha-lhe os intentos. Segue-se Balakov. Na baliza, Jorge Campos faz o sinal de okay para os companheiros instalados no meio-campo. Meu dito, meu feito. Balakov atira, Campos defende. Fast forward, Campos nunca mais faz a festa e a Bulgária passa com 3:1.
No final do torneio, Balakov é eleito pela FIFA para o onze ideal, juntamente com o compatriota Stoitchkov.