Great Scott #595: Quem acumula mais internacionalizações por duas ou mais selecções?

Onopko

A careca luminosa, o olhar concentrado, o estilo de jogo tranquilo, a braçadeira de capitão. É fácil gostar de Onokpko, Viktor Onopko. Aos 20 anos, já é titular do Spartak Moscovo, ao lado de Mostovoi, Shalimov e Radchenko. Todos eles fazem parte de uma equipa irrepetível, tricampeã russa e semi-finalista da Taça dos Campeões 1990-91.

Veja lá bem, o Spartak elimina Nápoles (penáltis em Moscovo) e Real Madrid (3:1 no Bernabéu) antes de ser arrumado pelo Marselha, com 3:1 na Rússia e 2:1 em França e golos do ganês Abedi Pelé nas duas mãos. Duas épocas depois, e já para a Taça das Taças, o Spartak volta a chegar à ½ final. O plantel já reúne outras figuras do alto como Karpin, Piatnisky e Lediakov.

Nessa epopeia europeia, o Liverpool é duplamente vencido, 4:2 em Moscovo, 2:0 em Anfield. Titular assumido, Onopko marca um golo, vs Avenir Beggen. Em 1993-94, para a Liga dos Campeões, o central assina quatro golos, dois dos quais vs Lech Poznan, no acesso à fase de grupos – apanha Galatasaray, Barcelona e Monaco. O Oviedo contrata-o e é vê-lo a jogar com Paulo Bento mais Abel Xavier na Liga espanhola por seis épocas e meia.

Pelo meio, Onopko é capitão da recém-criada CEI no Euro-92 e, depois, escolhe a selecção da Rússia em vez da Ucrânia, de onde é natural (Lugansk). Com a Rússia, vai a todas entre Mundial-94, Euro-96, Mundial-98 e Mundial-2002. Falha o Euro-2000, porque a Rússia é eliminada na qualificação pela dupla França-Ucrânia, e falha o Euro-2004, por lesão.

Ao todo, 109 internacionalizações pela Rússia e quatro pela CEI num equilibrado conjunto de 25 jogos de qualificação para o Mundial mais 25 para o Europeu, cinco jogos em Mundiais e mais cinco em Europeu. Golos, que é bom, sete – um bis vs Andorra (2:1) em 1999.

Só há um outro jogador com 100 ou mais internacionalizações por duas selecções, é o alemão Ulf Kirsten (RDA 49, RFA 51). Daí para trás, a lista inclui Puskas 89 (Hungria, Espanha), Jarni 88 (Jugoslávia, Croácia), Aleinikov 81 (URSS, Bielorrússia) e por aí fora.