Great Scott #618: Único capitão com golos em casa aos grandes na mesma época da 1.ª divisão?

Great Scott Mais 08/31/2022
Tovar FC

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Great Scott #618: Único capitão com golos em casa aos grandes na mesma época da 1.ª divisão?

Barroso

É um caso sério no nosso futebol. Nos últimos 25 anos de 1.ª divisão, o recorde de golos de livre directo é seu, com 34. O mais célebre é durante o Sporting 3:1 Braga no José Alvalade a 18 Março 1995. O pontapé a mais de 30 metros é indefensável para Costinha, porque a bola contorna a barreira de três homens (Figo, Iordanov e Balakov) antes de entrar na gaveta a uma velocidade estonteante.

É o golo da jornada, claro. No Domingo Desportivo, o convidado é Barroso. O pivot do programa é outro Barroso, Miguel de seu nome. ‘O que aconteceu? Esteve doente durante a semana e acabou por aparecer na equipa.’ Barroso, esfíngico, diz de sua justiça. ‘Já desde o jogo com o Belenenses que tenho vindo a jogar com gripe e diarreias que têm afectado o meu nível físico.’

É só rir. A equipa portuguesa de râguebi assiste ao programa em directo. Quando Miguel Barroso diz ‘este golo merece palmas aqui nos estúdios’, ouve-se uma salva das ditas cujas mais o cântico borroso, borroso, borroso, borroso.

Insistimos, é só rir.

Anos, muitos anos depois, já na segunda era de Barroso no Braga, após um desvio no FC Porto (marca novamente de livre directo ao Sporting, também em Março, nas Antas), a braçadeira é sua. A idade tem o seu peso institucional. E bem. Estamos na época 2002-03.

A sequência de Barroso começa em Setembro, vs Sporting. O Braga ganha 4:2 com bis do médio. O primeiro golo da noite é o 1:0, de penálti, a castigar falta do guarda-redes Nélson sobre Glauber, e o segundo é o 3:1 de livre directo em que a bola embate na barreira e trai o desamparado Nélson.

Em Abril, o Braga apanha 3:1 do Benfica no 1.º de Maio e Barroso anota o momentâneo 1:1 de penálti, assinalado por falta de Ricardo Rocha sobre Wender. O remate forte e colocado nem dá a mínima hipótese a Moreira. No mês seguinte, vs FC Porto, o Braga saca um ponto ao já campeão nacional (1:1) e o primeiro golo da tarde é de Barroso, de longe. Pobre Nuno Espírito Santos.

Quatro golos aos três grandes em casa, uma obra do mestre Barroso.

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