Vai buscar, Gibraltar
A Inglaterra é capaz de ser a selecção mais aborrecida do mundo. No seu currículo, entre Mundiais e Europeus, só uma final (1966). E, pior ainda, a recusa de participar nos três primeiros Mundiais. Em 1950, no pós-guerra, lá avançam para a linha da frente, cheios de confiança. A atitude usualmente sobranceira, que já lhes provocara dois dissabores xxl com aqueles 6:3 em Londres e 7:1 em Budapeste vs Hungría no início dos anos 50, volta a marcar presença no Brasil. Na estreia, 2:0 ao Chile no Rio de Janeiro. Quatro días depois, em Belo Horizonte, a surpresa das surpresas: 1:0 para os amadores dos EUA. A bronca é enorme. E o espanto mais ainda. Tanto assim é que um jornal inglês recebe o resultado e altera-o para 10-0. A favor deles, claro. Muitos, muitos anos depois, o 10-0 apresenta-se firme e hirto em Portimão. Pobre Gibraltar, ainda longe de sonhar na filiação à UEFA e FIFA. Ao intervalo, 3:0 para o grande Portimonense. Na segunda parte, 7:0. Guetov, o melhor em campo. Soa a pleonasmo.
José Menezes
Getov que craque! Marcava livres tao bem...