Um anarquista dos bons
O Bayern é surpreendido em casa pelo Arminia Bielefeld no fim de Janeiro 1979 e o presidente pede aos jogadores para se redimirem até final de Março. Nesse parêntesis temporal, o mesmo presidente despede o treinador húngaro Gyula Lorant e nomeia o adjunto Pal Csernai. Depois, com os resultados ainda assim-assim, sai Csernai e contrata-se Max Merkel. Ou não. A equipa rejeita em unanimidade o terceiro treinador da época e abomina o estilo demasiado desprendido adoptado por Wilhelm Neudecker. Vai daí, o capitão Sepp Maier diz de sua justiça ao seu chefe. E a resposta é um mimo: “Se você fala comigo assim, tenho de considerá-lo um dirigente sindical ou um anarquista”. E então? Csernai mantém-se ao leme e só sai do Bayern em 1983, com quatro títulos no bolso (dois campeonatos, uma taça e uma supertaça).