Totobola – 8 Agosto 1993
Ainda sem actividade (para)normal em Portugal, o Totobola faz-se dos campeonatos lá fora. Vai daí, eis a 3.ª jornada de França e a 1.ª da Alemanha. Há de tudo um pouco, a começar com o PSG de Artur Jorge (a caminho do título de campeão, o primeiro de um treinador português no estrangeiro) e a desaguar num imperdível Leipzig-Dresden. Ou seja, Lokomotiv vs Dínamo. Carreeeeeeegaaaaaaa 1X2
ESTRASBURGO-PARIS SG X
O PSG de Artur Jorge ganha a Taça de França 1993 sem sofrer qualquer golo e prepara-se para acumular mais um título, o de campeão francês em 1994. Há vitórias, empates e derrotas em todo o processo. Em Estrasburgo, dividem-se os pontos. Um para cada, embora o PSG tenha marcado três golos (Sassus, na própria, mais Weah e Roche). O 2:2 definitivo é de Régis, aos 57’.
ST. ÉTIENNE-MONACO 1
O Monaco reúne todas as condições para ganhar. Ettori na baliza, Thuram na defesa, Petit e Scifo no meio, Klinsmann e Ikpeba ao ataque. Como se isso fosse pouco, Blanc é expulso com vermelho directo aos 14’ e deixa o Saint-Étienne com dez. A reacção à perda é notável, cortesia Moreau (26’) e Swierczewski (63’). Dois-zero ao campeão francês é obra.
TOULOUSE-NANTES 2
As camisolas ganham jogos? Bien sur. Com Naybet a liderar desde a defesa, o Nantes dá show de bola e o vencedor já está encontrado. O nigeriano Siasia dá o mote (11’), o francês Ouédec segue-o (24’). É deste último o 3:0 final, aos 55’. Daí a duas épocas, Ouédec repetirá o bis, agora na Liga dos Campeões, agora com o Porto
LILLE-LENS X
E esta hein?! Há zero a zero, há cem a cem. Mal sabe ele, o Carlos Paião. A sua música dá para tudo, até para a 1.ª divisão francesa. O jogo é uma pasmaceira, só transformada em alvoroço com a expulsão de Bonalair aos 52 minutos. Mesmo com dez, o Lille seguira o empate. O Lens soma e segue, terceiro jogo seguido sem marcar golos
CAEN-AUXERRE 1
Pascal Nouma é um nome bem visto pelos franceses, internacional e tal. É ele quem decide o jogo com um só golo, aos 56 minutos. O Auxerre, guiado pelo lendário Guy Roux, treinador do clube há 10 anos seguidos, arrisca o empate uma e outra vez. Os recursos humanos coexistem em excesso: Verlaat, Silvestre, Saib, Martins, Laslandes e Vahirua. Em vão.
SOCHAUX-METZ 1
Há substituições e substituições. Quando batem certo, é do best. Veja-se o caso do então russo Yakovenko. Lançado por Takac no lugar de Otokoré aos 80 minutos, é autor do momentâneo 2:0 no primeiro toque na bola. Que, por sinal, vai ao meio e entra de imediato na baliza do Sochaux, por obra e graça de Zitelli. Acaba aqui a paródia, 2:1.
ANGERS-LYON 1
À falta de quatro anos para ir buscar Costinha ao Nacional da 2.ª B, o treinador Jean Tigana agarra o Lyon com Abedi Pelé. De nada lhe vale neste caso, o Angers é bastante mais forte. Lagrange, Daury e El Haddaoui garantem o 3:0. O ponto de honra é do liberiano Debbah, aos 88 minutos
BORDÉUS-CANNES X
Mais um zero-zero, e este é uma surpresa total. Porque o Bordéus é um crónico candidato ao título de campeão e acumula jogadores top, como Lizarazu, Zidane e Dugarry – bastam estes três, todos campeões mundiais pela França daí a nada, em 1998. Há ainda Paille, Witschge e Vercruysse. O modesto Cannes do histérico Luis Fernández comete a proeza de sacar um ponto
COLÓNIA-KAISERSLAUTERN 2
Estreia oficial na 1.ª divisão alemã de duas figuras dos anos 90: Polster pelo Colónia, Sforza e Kaiserslautern. Se o austríaco é substituído aos 54 minutos, o suíço joga o tempo todo e até abre o marcador, aos 60’. O suplente Marin fixa o 0:2 em cima da hora e o Kaiserslautern vai acabar a época em segundo lugar, a um só ponto do Bayern
WATTENSCHEID-SCHALKE 1
Grande jogatana em Bochum, onde o Watterscheid descpacha o Schalke com uma g’anda pinta. Ao intervalo, já há 2:0. Acaba 3:0, com golos de Lesniak, Fink e Bach. O prometedor início é uma miragem. O Watterscheid desceria para a 2.ª divisão no final dessa época 1993-94 e nunca mais sobe à 1.ª. Nos dias de hoje, anda pelos distritais sem eira nem beira
BAYERN-FREIBURGO 1
Spoiler, o Bayern vai coroar-se campeão alemão. Na jornada de abertura, o Freiburgo apanha três golos antes dos primeiros 25 minutos. Schupp abre o marcador e o estreante Valencia bisa. O colombiano é um dos três estrangeiros no onze (pré Lei Bosman), a par do holandês Wouters e do brasileiro Jorginho.
DUISBURGO-B. LEVERKUSEN X
De parada e resposta, com o Duisburgo a adiantar-se duas vezes no marcador. O Bayer apanha-o sempre, primeiro por Paulo Sérgio (estreia na 1.ª divisão alemã), depois por Happe, aos 74’. Antes, Wohlert e Reinmayr contribuem para a festa local. O Bayer tem Schuster e acabaria a época em terceiro, além de chegar aos ¼ final da Taça das Taças, eliminado pelo Benfica naquele 4:4 fenomenal.
LEIPZIG-D. DRESDEN X
RDA em estado puro, que categoria. Leipzig e Dresden, duas cidades da máxima importância antes da queda do muro em 1989, com futebol para dar e vender. O jogo é excitante, com seis golos. Marshall assina um hat-trick para o Dínamo Dresden em resposta aos golos de Lindner e Anders (2).