2005, Milan 0:1 Juventus
Dia 8 Maio 2005, ainda há esperança. De quê? De ver uma Supertaça europeia entre Milan e Sporting. De sonho, inesquecível. O Milan está na final da Liga dos Campeões e só tem de ganhar ao Liverpool, em Istambul. O Sporting joga a final da Taça UEFA em casa, vs CSKA Moscovo. Coincidência: o Milan apura-se para essa final nos descontos, com um golo do improvável Ambrosini em Eindhoven, o Sporting é aquele drama xxl em Alkmaar, com um cabeceamento do também improvável Miguel Garcia aos 120’+1.
Milan-Sporting, é quase quase certo. Até lá, concentremo-nos no campeonato. O Milan recebe a Juventus com pompa e circunstância. Deve estar a estrear um Star Wars qualquer, porque o Darth Vader entra no relvado antes de qualquer jogador. Mal apita Collina, a Juventus de Capello atira-se para a frente. Uma vitória significa o título de campeã. Uma bicicleta de Del Piero seguida de um cabeceamento de Trezeguet garante a festa antecipada, 0:1. Nesse dia, mais à noite, o Penafiel derruba o Benfica com uma prenda de N’Doye. Se o Sporting ganhar a alguém (Beira-Mar?) na 2.ª feira, a liderança isolada é alcançada. Pelo meio, a zona mista no Giuseppe Meazza.
Que sonho. Buffon, Thuram, Maldini, Cafu, Nesta, Pirlo, Gattuso, Seedorf, Del Piero, Trezeguet, Nedved, Cannavaro. Todos, todos, todos sem excepção, páram e falam com os jornalistas. Connosco, comigo. É um espectáculo. Com Rui Costa, mais espectáculo ainda. O meu chefe do Record tem um filho que torce pelo Brescia. Adora Caracciolo. E peço ao Rui um autógrafo. Bónus. Levo reportagem impossível de se fazer em Portugal e ainda um pedaço de papel para a história.
(…)
Passam-se uns dias e a Supertaça europeia vai ser Liverpool vs CSKA. Aaarghhhhh.