Colheita do best, 1987
Acaba 1986, viva 1987. A revista dos dragões faz capa com Zé Beto, Gomes, Jaime Magalhães e Domingos. Juntos, fazem 1987. Que seja um ano de êxitos. Será?
Basta meio ano. Só vos digo. Em Maio, o Porto sagra-se campeão europeu em Viena. Ao intervalo, 1:0 para o Bayern. Na segunda parte, Madjer mete o turbo boost e dá a volta ao marcador em menos de três minutos, como autor do 1:1 (de calcanhar) e da assistência para o 2:1 (Juary). Em Junho, o Porto é campeão nacional de juniores.
Diz João Barnabé, referência sportinguista das camadas jovens: “O Porto trabalha com raios laser, o Sporting (e os outros) à luz de velas.” A hegemonia portista cresce a olhos vistos, a todos os níveis. E o sangue azul volta a ferver com outra taça, esta conquistada em Alvalade, preenchido com três mil adeptos. O Sporting tem de ganhar para se sagrar campeão. O Porto só precisa de empatar para revalidar o título, uma semana depois de dar 8-1 ao Angústias, na Horta (Açores). Superior em todos os capítulos, atira uma bola ao poste por intermédio do capitão Zé Nando e marca o 1:0 pelo inevitável Domingos (que assinaria mais quatro golos em Alvalade pelos seniores), numa altura em que até joga com dez elementos, por expulsão do central Fernando Couto (que também seria expulso em Alvalade pelo Porto nos seniores, com 0:0 no marcador e vitória no fim).
Que ano, que viagem.