Great Scott #152: Quem é o último guarda-redes a usufruir da regra do atraso de bola?

Great Scott Mais 11/04/2020
Tovar FC

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Great Scott #152: Quem é o último guarda-redes a usufruir da regra do atraso de bola?

Illgner

Como? Como é possível? A pergunta martela-nos. Como é possível a regra do atraso de bola só acabar em 1992? Quer dizer, são anos e anos de abuso. Seja em que campeonato for, de Portugal à Nova Zelândia. E é sempre a mesma lenga-lenga: a equipa em vantagem, encosta-se à sua área. À mínima ameaça do adversário, bola para o guarda-redes e perda xxl de tempo precioso.

O International Board acaba com essa regra absurda em 1992, um ano sui generis. Porque o Euro-92 é a última competição com atraso de bola e os Jogos Olímpicos-92 é a primeira sem atraso de bola. O último jogo é, assim, a final inédita entre Dinamarca e Alemanha, em Gotemburgo. Aos 90’+2, a bola vai caprichosamente para o lateral-direito alemão. Stefan Reuter domina mal e consente a aproximação de um dinamarquês. De costas para o seu meio-campo, só lhe resta o atraso com o pé esquerdo para salvaguardar males maiores. Illgner recolhe a bola, agarra-a e pontapeia-a para a frente. Em vão, o árbitro apita para o fim e a Dinamarca festeja o inacreditável título europeu, graças aos golos de Jensen e Vilfort (2:0).

Passam-se uns meses e olá Barcelona. O jogo de abertura dos Jogos Olímpicos é entre Itália e EUA, em Camp Nou. Nas balizas, Antonioli e Friedel são as primeiras cobaias de um sistema mais justo e ainda hoje em vigor.

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