Onde é que assino?
Figo é uma figura do alto, o português entra no coração dos adeptos do Barcelona à conta de golos memoráveis, como aquele ao Real Madrid em que afasta Roberto Carlos do caminho antes de mandar uma bomboca indefensável. Às tantas, já é o capitão de equipa na ausência de Guardiola. Impõe-se uma renovação de contrato.
Meu dito, meu feito. Em 1999, Figo ganha mais dinheiro (45 mil contos/mês, o segundo jogador mais bem pago do mundo, a seguir a Ronaldo fenómeno) e a cláusula de rescisão estica para 13 milhões de contos. O valor é estratosférico, ninguém pagará isso. Ninguém, menos Florentino Pérez.
Menos de um ano depois, Pérez insiste no negócio Figo para fazer-se notar nas eleições presidenciais do Real Madrid. E não é que ganha? Seja Figo, seja a eleição. Pérez assume a presidência e, acto contínuo, chega a acordo com Figo, por intermédio de Paulo Futre e José Veiga. Só falta o depósito da cláusula de rescisão y ya está. Figo sai para o Real e passa a ser o ódio de estimação dos adeptos do Barcelona, de coração partido.