Great Scott #164: Quem marca em mais jogos a clubes portugueses na UEFA?

Great Scott Mais 11/20/2020
Tovar FC

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Great Scott #164: Quem marca em mais jogos a clubes portugueses na UEFA?

Henrik Larsson, 7 golos em 6 jogos

Filho de um cabo-verdiano da ilha da Boa Vista, fala melhor crioulo que português. É o substituto de Cadete no Celtic e joga com Ronaldo no Manchester United. Perde uma final da Taça UEFA com o Porto de Deco e levanta uma Taça da Liga dos Campeões pelo Barcelona, com Deco. Por incrível que pareça, a sua ligação a Portugal não se fica por aí.

Em 1989, Henrik Larsson vai treinar à experiência ao Benfica, na Luz, levado pelo compatriota Mats Magnusson, com a autorização do técnico Sven-Göran Eriksson. O sueco, então com 17 anos, dá nas vistas pela velocidade. Quem o diz é Vítor Paneira. “Destacou-se pela velocidade, mas ainda era ‘verdinho’. Era um miúdo tímido, rastafari, com um cabelo parecido com o do Gullit, e que nunca tinha jogado futebol profissional.”

Efectivamente, Larsson é amador no Högaborg quando chega à Luz e só avança para o profissionalismo em 1991, um ano antes de se transferir para o Helsingborg, onde forma uma dupla magnífica com Magnusson (as vidas que a vida dá). Juntos, marcam 53 golos (34 para Henrik, 19 para Mats) em 34 jornadas e sobem à 1.ª divisão. Em 1993, Magnusson termina a carreira e Larsson aventura-se no estrangeiro. Roda em quatro países (Holanda, Escócia, Espanha e Inglaterra) e só por uma vez volta à Luz (0:0), com a camisola do Barcelona nos ¼ final da Liga dos Campeões, em Abril 2006.

Nesse caminho glorioso, Larsson faz-se um jogador do best. Joga nas horas e é referência incontornável. Ainda hoje, Thierry Henry abana a cabeça quando lhe falam de Ronaldinho e Eto’o como figuras naquela final da Liga dos Campeões 2006, entre Barcelona e Arsenal. ‘Quem nos baralhou por completo foi o Larsson. Quando ele entrou, o Barcelona cresceu e o Arsenal acabou.’

Na Europa, o nome de Larsson é sinónimo de golos atrás de golos. Os portugueses que o digam. Ao todo, marca sete. Tantos como Shirokov, do Zenit, por exemplo. Só que o russo marca sete em três jogos (ajuda o hat-trick ao Paços), o sueco divide-os bem, muito bem. Ou então como Agüero, do Atlético Madrid e Manchester City, outro exemplo. Só que o argentino marca sete em cinco jogos (dois bis, ambos vs Sporting), o sueco, repetimo-nos, divide-os bem, muito bem. Ou então como Klinsmann, do Inter e Bayern, mais um exemplo. Só que o alemão marca sete em três jogos, o sueco, repetimo-nos hoje e sempre, divide-os bem, muito bem. A saber.

1998 Vitória SC vs Celtic (Guimarães)

1998 Celtic vs Vitória SC (Glasgow)

2001 Celtic vs Porto (Glasgow)

2003 Celtic vs Boavista (Glasgow)

2003 Boavista vs Celtic (Porto)

2003 FC Porto vs Celtic (Sevilha)

2003 FC Porto vs Celtic (Sevilha)

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