Great Scott #173: Quem é o primeiro árbitro português nomeado para uma final de selecções?

Great Scott Mais 12/03/2020
Tovar FC

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Great Scott #173: Quem é o primeiro árbitro português nomeado para uma final de selecções?

Rosa Santos

É um Europeu nunca mais visto. Porque ainda existe a URSS, porque ainda há uma cidade chamada Leninegrado. É tudo à moda antiga, própria do antigo regime. Estamos em 1984, Portugal joga o tudo por tudo na qualificação. Em Portimão, vs Bélgica, 4:0 com golos de Mito, Litos, Eugénio e Futre. O 2:0 em Bruxelas é uma derrota aceitável.

Na fase final, Portugal instala-se em Leninegrado, agora São Petersburgo. No primeiro jogo, 3:1 vs Grécia. O pequeno Caetano marca os primeiros dois, Futre o terceiro, de penálti. Segue-se a Escócia e repete-se o resultado, só que ao contrário. Paixão, representante do Amora, assina o nosso golo. Na terceira jornada, só interessa a vitória vs Irlanda. Nada feito, perdemos 3:2 com dois golos tardios de Litos (69’) e Futre (74’).

Portugal arrepia caminho para casa, sobra um representante. Quem? O árbitro Rosa Santos. ‘Fui no mesmo avião que a selecção para a URSS, só que eles se desviaram para Leninegrado e eu fiquei em Kiev. Passei a vida em Kiev, aliás. Na parte final do torneio, já sem Portugal, fui para Moscovo e foi aí que o jornalista Rui Santos disse-me que a UEFA iria quase de certeza nomear-me para apitar a final.’

Assim é. No dia 3 Junho, URSS e Hungria entram em campo. O jogo não ata nem desata. Zero a zero ao intervalo. Nos 90 minutos. E nos 120’. É preciso penáltis. Pinter, Zsivoczky e E. Kovacs marcam pela Hungria, Chudoshilov e Iwanauskas pela URSS. Acaba 3:2 para a Hungria, vencedora do Euro sub-18 pela primeira e única vez. Com Rosa Santos no apito.

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