Desempate? Essa é boa
O Brasil coloca-se em vantagem com um extraordinário cabeceamento de Pelé,
lá no alto. “Pensei que era de carne e osso, enganei-me”, desabafa o marcador Burgnich. O empate chega por Boninsegna, após um erro da defesa. Ao intervalo, 1:1. Tu queres ver, queres ver que há empate e depois desempate daí a dois dias?
Errrrr, talvez. Talvez não. O Brasil dá um chocolate na segunda parte. Gérson faz o 2-1 num fantástico pontapé do meio da rua e depois inicia a jogada do 3-1, da autoria de Jairzinho, a passe de Pelé. O 10 (do Santos e do Brasil) faria também a assistência açucarada para o 4-1 de Carlos Alberto Torres, após uma série de toques e tiques, não sei quantos anos antes do tiki-taka.
Um total de oito jogadores tocam na bola até o capitão martelar a bola no bico da grande área para o ângulo inferior de Albertosi. A festa do título é tão intensa
e espectacular como a campanha do Brasil de Saldanha mais o de Zagallo. Os
adeptos invadem o campo, levam os jogadores em ombros e arrancam as roupas
deles. É o máximo.