Great Scott #205: Quantos cromos jugoslavos do Euro-92 jogariam em Portugal?

Great Scott Mais 01/18/2021
Tovar FC

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Great Scott #205: Quantos cromos jugoslavos do Euro-92 jogariam em Portugal?

Dois

Campeã mundial sub20 em 1987, a Jugoslávia cresce a olhos vistos com uma geração irrepetível. Ele é Prosinecki, ele é Pancev, ele é Boban, ele é Savicevic, ele é Ivkovic, ele é Hadzibegic, ele é Jugovic, ele é Jarni, ele é Stojkovic. Craques do além. Que o diga o Marselha, derrotado pelo Estrela Vermelha na final da Taça dos Campeões 1991. Nesse mesmo ano, em Novembro, a Jugoslávia confirma o apuramento para o Euro-92, com um ponto de avanço sobre a Dinamarca. O melhor marcador do grupo é Pancev, com 10 golos e dois hat-tricks no bucho (vs Áustria 4:1 e Irlanda do Norte 4:1).

No dia 31 Maio 1992, a UEFA suspende a Jugoslávia pelo início da guerra dos Balcãs e é chamada a Dinamarca para o seu lugar. Ironia do destino, a Dinamarca ganharia o torneio. Claro, a colecção da Panini sai em Março 1992 com a Jugoslávia. Nos eleitos, há dois cromos com futuro em Portugal.

O primeiro é Vujacic, defesa do Partizan, transferido para o Sporting de Robson em 1993. Nunca joga com o treinador inglês, cuja aposta para a dupla de centrais recai para Peixe e Valckx. Com a entrada de Queiroz, o jugoslavo ganha um lugar de destaque. E até marca ao Porto de Robson, na final da Taça de Portugal 1994, é o momentâneo 1:1 no Jamor. Depois, lesiona-se. E o Sporting perde 2:1 no prolongamento.

Ao longo de quatro épocas, Vujacic completa 63 jogos e sete golos na 1.ª divisão. Ganha a Taça de Portugal 1995 (vê amarelo na final vs Marítimo) e sai de fininho para o Vissel Kobe, do Japão. Na selecção, 12 internacionalizações (oito Jugoslávia, quatro pela Sérvia).

A outra figura é Stanic, craque da cabeça aos pés. Com apenas 20 anos de idade, aterra no Benfica da Parmalat (e Artur Jorge) em 1994-95, via Sporting Gijón. Joga a conta gotas na primeira parte da época. Só no fim é que se assiste a uma aposta em definitivo e Stanic vira Super Mário. Um golo em Aveiro (como suplente) e depois quatro nos últimos três jogos (Boavista-2, Salgueiros-1, Tirsense-1).

Sai no Verão 1995 para o FC Brugge e, depois, salta para o Parma. Acaba a carreira no Chelsea, em 2004, um ano antes de Mourinho. Pelo meio, joga o Euro-1996 (falha o jogo vs Portugal, por opção de Blazevic) e ainda os Mundiais-1998 e 2002. Ao todo, 49 internacionalizações e sete golos pela Croácia.

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