Great Scott #222: Qual é a equipa portuguesa mais io-io de sempre?

Barreirense

Os anos 60 traduzem a excelência do futebol português, com a conquista das duas Taças dos Campeões do Benfica em 1961 e 1962 mais a Taça das Taças do Sporting em 1964 e ainda a epopeia dos Magriços no Mundial-66. No outro lado do rio, há uma equipa com jeito para fazer história. Com agá maiúsculo. Porque é uma cena irrepetível, certamente.

O Barreirense faz-se campeão da 2.ª divisão, zona sul em 1962 (em igualdade pontual com o Vitória FC), e sobrevive à 1.ª divisão em 1962-63. Na época seguinte, é o último classificado com 11 pontos. Desce à 2.ª. E é campeão, novamente na zona sul, novamente em igualdade pontual (agora é a Olhanense). A manutenção é um objectivo, claro. Inalcançável. Outro último lugar. Em 1966-67, o Barreirense é tricampeão da zona sul, dois pontos à maior do Portimonense. O projecto ganha finalmente asas?

Nada disso. Em 1967-68, o Barreirense repete a última posição da 1.ª divisão com apenas 10 pontos em 52 possíveis. Na 2.ª, e já com o guarda-redes Bento em grande forma, o título de campeão da zona sul é bem real, três pontos à frente do vice Torreense. E agora? Agora é hora de fazer história. Com agá maiúsculo, outra vez.

O Barreirense acaba a 1.ª divisão 1969-70 em quarto lugar, à frente do Porto, e qualifica-se para a Taça das Cidades com Feira. Acaba por fazer mais quatro épocas de bom nível até descer no ano da revolução de 1974. O último contributo de primeira é em 1979. Daí para cá, só duas presenças na Honra, em 1991 e 2006.

Em resumo, eis o sistema iô-iô do Barreirense

1964 desce

1965 sobe

1966 desce

1967 sobe

1968 desce

1969 sobe