Great Scott #227: Quem é o primeiro cromo da selecção portuguesa a jogar no estrangeiro?
João Alves
A qualificação para o Mundial-78 começa mal, com uma derrota vs Polónia nas Antas. Um bis de Lato desanima qualquer um. Portugal vai à luta e acumula três vitórias seguidas para chegar ao penúltimo jogo ainda a sonhar. É obrigatório ganhar em Chorzow. Caso contrário, no llores por mi Argentina.
Um golo de Deyna é anulado por outro de Manuel Fernandes aos 61 minutos. Nada feito, acaba 1:1. A Polónia, que já dera água pela barba no Mundial-74, na RFA, apura-se e o 4:0 ao Chipre no São Luís é um mero pró-forma para a selecção de Juca.
Mesmo assim, a Panini faz referência à selecção nacional como uma das grandes ausentes do evento, a par de Jugoslávia, Uruguai, Inglaterra, Checoslováquia, Bélgica, URSS e outros que tais – é ainda a epopeia dos Magriços a dar cartas, por certo. Quatro jogadores aparecem alinhados. Um do Porto (Octávio), um do Benfica (Toni), um do Sporting (Manuel Fernandes) e outro (Alves). Boavista? Montijo? Nem um nem outro, é do Salamanca.
Assina em 1976 e joga duas épocas, numa das quais é autor de um golo importantíssimo no Santiago Bernabéu a garantir a histórica vitória vs Real Madrid (1:0). Lá está, Alves do Salamanca. Eis o primeiro cromo português a jogar no estrangeiro em cadernetas do Mundial. Depois de Alves, uma enxurrada deles. A primeira fornada é de 2002, com Couto (Lazio), Jorge Costa (Charlton), Rui Costa (Milan), Conceição (Inter), Figo (Real Madrid), Pauleta (Bordéus) e Nuno Gomes (Fiorentina).