Great Scott #252: Único jogador a marcar na final da Taça de Portugal por Porto e Benfica?

Great Scott Mais 03/24/2021
Tovar FC

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Great Scott #252: Único jogador a marcar na final da Taça de Portugal por Porto e Benfica?

Futre

Futre, Paulo Futre. O primeiro português a levantar uma taça no estrangeiro como capitão (Atlético Madrid 1992) é uma figura irrepetível. Antes de emigrar para Espanha, onde passa uns anos valentes a curtir a movida, joga uma época no Sporting e quatro no Porto. Nesse caminho, ganha uns títulos e perde outros. O mais significativo será a final da Taça de Portugal 1985, no Jamor. O Benfica é superior em toda a linha e chega ao 3:0 pouco depois do intervalo, por Nunes (14’), Manniche (33’) e Manniche (47’, de penálti).

O Porto está desnorteado, Artur Jorge idem idem. Pelo menos, a avaliar pelas duas substituições aos 35 minutos, no quadradinho seguinte ao 3:0. De uma assentada, saem capitão (Gomes) e vice capitão (Lima Pereira). Um preso por arames, outro a meter água por todo o lado. Entram Semedo e Mito (embora a RTP insista em apresentá-lo como Quinito, que nem sequer é convocado para os 16). Aos 67 minutos, penálti. Sem Gomes, é Futre quem assume a responsabilidade. E engana Bento, com o pé esquerdo.

Passam-se exactamente oito anos, 10 Junho 1993. Já Futre está de volta a Portugal, após cinco épocas e meia em Madrid. A outra meia é no Benfica. O cenário é o mesmo (Jamor). No outro lado do campo, o Boavista de Manuel José é varrido do mapa e goleado por 5:2. Com o número 10 nas costas (Rui Costa é o 11), Futre dá água pela barba e só não é figura no 1:0 de Paneira – um golo à maneira, numa jogada entre Paneira, JVP, Paneira, Rui Águas (de calcanhar), Paneira.

O 2:0 é obra de JVP, de cabeça, na sequência de uma jogada mirabolante de Futre pela esquerda. Deita o lateral Paulo Sousa e simula na cara do capitão Casaca. O cruzamento é primoroso, ligeiramente atrasado. À espera da bola, Rui Costa e JVP no limite da pequena área. Salta melhor JVP, sem hipótese para Lemajic. Antes do intervalo, 2:1 de Marlon numa falha colossal de Mozer. O brasileiro rouba a bola, finta Neno e atira com o pé esquerdo para a baliza deserta.

Na segunda parte, eu show Futre. O 3:1 é uma jogada muito parecida com o 2:0 do Atlético vs Real na tal final da Taça do Rei 1992. O remate é fulminante, com o pé esquerdo, ao ângulo superior. Rui Bento bem tenta acompanhá-lo. Em vão. O Boavista ainda reduz, por Tavares, na ressaca de um canto, só que Futre está endiabrado e é carregado em falta por Lemajic. Penálti apitado por Veiga Trigo. Na marcação, William atira e Lemajic defende para canto.

Tudo bem, o Benfica chegará ao 4:2 mais tarde ou mais cedo. Aos 70 minutos, Futre aproveita uma bola cruzada para a área do Boavista e encosta o pé esquerdo. Lemajic é apanhado em contrapé e sai mal na fotografia. O 5:2 final é aos 88’, por Rui Àguas, de baliza aberta, após uma bola ao poste de Schwarz num livre directo. Fim da história. Contas feitas, Futre marca pelo Porto em 1985 e Benfica em 1993.

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