Great Scott #263: Única equipa portuguesa a ganhar um desempate por penáltis na Taça das Taças?
Estrela
A Taça das Taças é uma invenção bem bonita da UEFA, o de juntar os vencedores das taças nacionais (às vezes, os finalistas vencidos, porque o vencedor acumula o título de campeão nacional e, aí, arrepia caminho para a Taça dos Campeões). No caso do Estrela, é mesmo o vencedor da Taça de Portugal. O troféu só é levantado ao fim de 210 minutos, na finalíssima, vs Farense (2:0), com João Alves ao leme. Na época seguinte, já seria Manuel Fernandes o treinador.
Na primeira eliminatória, calha o Neuchâtel. Na Reboleira, 1:1. Em Xamax, 1:1. É obrigatório o desempate por penáltis em terras suíças. Começa o Neuchâtel, golo de Sutter (curiosamente o autor do momentâneo 1:0 nessa noite). Empata o Estrela, por Valério (curiosamente, o autor do 1:1 final nessa noite). Walter Fernandez, 2:1. Rui Neves, 2:2. Gigon, 3:2. Dimas, 3:3. Froidevaux, defesa de Vital. E agora? Paulo Jorge, 3:4. E agora? É o último cartucho do Neuchâtel, através de Egli. A bola nem acerta na baliza. O Estrela passa a eliminatória sem precisar de bater o último lance de 11 metros. É uma alegria inaudita. E, já agora, uma proeza inédita no futebol português. Nunca uma equipa nacional ganhara um desempate na Taça das Taças. Nem nunca mais ganha até 1999, ano da última edição da prova.
E há um antes do Estrela? É o Benfica 1970-71 vs Vorwärts (RDA), em Berlim. Duplo 2:0 e toma lá penáltis. José Henrique defende zero dos cinco. Do lado benfiquista, Artur Jorge (1:1), Vítor Martins (falha), Toni (3:2) e Raúl Águas (4:3). Decide Strubring e o Benfica é afastado com surpresa nos oitavos.
E há um depois do Estrela? É o Porto 1995-96 vs Sampdoria (Itália). Ao golo de Yuran em Génova, responde Mancini na mesma moeda nas Antas. Toma lá penáltis. Vítor Baía defende zero dos cinco. Do lado portista, Emerson (1:1), Latapy (falha), Domingos (3:2) e Folha (4:3). Decide Lombardo e o Porto é novamente derrubado por uma equipa de Eriksson, após o famoso 2:0 de César Brito em 1991.