Great Scott #286: Único português a marcar dois penáltis numa final de Taça no estrangeiro?

Great Scott Mais 05/11/2021
Tovar FC

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Great Scott #286: Único português a marcar dois penáltis numa final de Taça no estrangeiro?

Edinho

Lembra-se da frase de Óbelix, a dos romanos são loucos? Puro engano, Óbelix vive naquela aldeia gaulesa e desconhece a Grécia. Só pode. Loucos, loucos, loucos de verdade só mesmos os gregos.

Veja-se, por exemplo, a final da Taça da Grécia 2008-09, no Estádio Olímpico, em Atenas. De um lado, o anfitrião AEK. Do outro, o Olympiacos (campeoníssimo, aglutinador de títulos como nunca visto). Aos quatro minutos, 1:0 de Blanco. O argentino repete a proeza aos 8’, está 2:0 para o AEK.

Nunca se fia com o Oympiacos. Aos 47’, o suplente Derbyshire reduz. Aos 72’, Dudu Cearense empata. Avisámos ou não? O AEK acorda para a vida e salta novamente para a frente do marcador, através de outro argentino (Scocco), em cima do minuto 90. O árbitro Kakos dá sete minutos de descontos. Ao sexto, bis de Derbyshire.

Prolongamento aí vamos nós, que viagem vertiginoso, que aventura improvável. Há golos? Tem de haver, claro, os gregos são loucos. Galletti é o terceiro argentino a marcar na noite, este é do Olympiacos. Aos 102 minutos, o AEK vê-se em desvantagem pela primeira vez. Zero de intimidação. Até porque o Olympiacos apanha-se com nove elementos em campo. Galletti e Papadoupoulos apanham o vermelho directo ainda na primeira parte.

A segunda promete. Ai promete promete. Que o diga Scocco, autor do 4:4. O resultado congela-se até aos penáltis. Na primeira série, 4:4. As duas equipas falham ambas o último pontapé, por Majstorovic (AEK, para fora) e Djordjevic (Olympiacos, defesa de Saja). Antes, um português engana Nikopolidis. É ele Edinho, que entrara aos 77 minutos.

Na segunda série dos penáltis, o empate é teimoso. Quando uma falha, a outra imita-a. É assim à 18.ª e 19.ª tentativas, por Georgeas (defesa de Nikopolidis) e Angie (defesa de Saja). Sucedem-se 16 penáltis, todos golos. Um deles, repetimo-nos, é de Edinho. Vai buscar, ó Nikopolidis. Ao 33.º penálti, alto e pára o baile. Pelletieri (outro argentino, boludo) atira, Nikopolidis afasta a bola. A Taça está agora nos pés de Nikopolidis. Esse mesmo, o guarda-redes do Olympiacos. À sua frente, Saja (madre mia, outro argentino). É golo, acaba 15:14 para o Olympiacos. É a quarta dobradinha em cinco anos e a primeira Taça conquistada nos penáltis.

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