Ondrus. ‘Sou o melhor jogador de sempre do Thonon’
Falam, falam, falam do penálti do Panenka mas quem levanta a taça de campeão europeu em 1976 é um tal Anton Ondrus. Capitão da Checoslováquia e o homem mais animado de todos. Só fala checo ou alemão, por isso precisámos de ajuda.
Em 1976, qual a sensação de ser o capitão de uma selecção histórica?
Antes de sermos campeões, já tinha entrado na história.
Como?
Na meia-final com a Holanda de Cruijff, marquei um golo na baliza certa [1-0] e outro na minha [1-1]. Fui o primeiro. E único até agora, acho… Sou histórico.
Nos penáltis com a RFA…
Marquei ao Maier, tinha de ser. No Euro-80, na atribuição do 3.º e 4.º lugares, mais penáltis e marquei ao Zoff. Diz-me outro jogador que tenha marcado a esses monstros do futebol? Histórico.
Okay…
Por alguma razão, sou o melhor jogador de sempre.
De onde?
Do xxxxxx.
Onde?
Xxxxx, uma equipa da 2-ª divisão francesa onde joguei [de 1983 a 1987].
Como é que se soletra?
T-h-o-n-o-n.
Não conheço. Agora está onde?
Ouvi dizer que acabou há uns anos [em 2007, quando fio despromovido para a última divisão distrital].
No teu tempo, era um clube de 1.ª?
Não, era de 2.ª e descemos de divisão na minha última época. Mas como sempre quis conhecer os Alpes, arrisquei e fui bem-sucedido. Histórico.