Great Scott #365: Último golo anulado a meio de uma jogada em Mundiais?
Ahmed Radhi
Zico, certo? Errrrrrr. Vamos por partes.
Mundial-78, em Mar del Plata (Argentina). No dia 3 Junho, Brasil vs Suécia com arbitragem do galês Clive Thomas. Dos quase 40 mil espectadores, ninguém quer acreditar naquele Brasil pesado e sem ritmo. A Suécia aproveita para dominar, marcar um golo (Sjöberg 37’) e atirar à trave (Larsson 41’) antes do empate fortuito de Reinaldo, após cruzamento de Toninho Cerezo. Na segunda parte, o Brasil reorganiza-se e ataca com mais critério. A Suécia, quietinha lá atrás, contente com o empate. Nos descontos, canto para o Brasil. Marca-o Dirceu e Zico cabeceia para o golo. Pelo meio, enquanto a bola viaja pelo ar, soa o apito do árbitro. Thomas dá mesmo o toque para o final do jogo e invalida o golo de Zico.
Sa-ca-na-gem. Nunca visto, jamais repetido.
Olhe que não, olhe que não. Mundial-86, em Toluca (México). No dia 4 Junho, Paraguai vs Iraque com arbitragem de Edwin Picon-Ackong (Maurícias). É a estreia do Iraque em Mundiais. Os homens vestem-se de amarelo e mordem os calcanhares aos paraguaios. Romero abre o marcador aos 36’ e os iraquianos respondem à letra. Em cima do intervalo, há um canto a favor do Iraque e Ahmed Radhi faz golo. Ou não. Picon-Ackong apita para o fim durante a jogada, estilo Clive Thomas em 1978, e é o fim da picada. Quatro dias mais tarde, Ahmed Radhi marcaria (agora sim) o primeiro e único golo do Iraque em Mundiais. Na baliza, o famoso belga Jean-Marie Pfaff.