Great Scott #378: Quem marca o golo da vitória na festa de Mozer entre Benfica e Marselha em 1990?
Vata
O programa desportivo do dia é qualquer coisa. Às 15 horas, há Boavista vs Feirense para acerto de calendário na 1.ª divisão, e com direito a transmissão televisiva na RTP2. Às 21, os amigos de Mozer dividem-se entre Benfica e Marselha no Estádio da Luz para honrar o contrato de um jogo a propósito da transferência do central brasileiro.
Estamos a 23 Janeiro 1990, uma terça-feira. O país social convive com a ressaca da estreia do novo programa televisivo de Herman José chamado Casino Royal. O país desportivo, esse, descansa. Menos no Bessa, onde o Boavista ganha fácil por 4:0 com bis de Isaías, e na Luz.
Aparecem três mil pessoas para aplaudir Mozer e o árbitro é Pinto Correia. No onze de Eriksson, há Bento (cap); Álvaro, Paulo Madeira, Ricardo Gomes e Fernando Mendes; Hernâni; Paulo Sousa, Diamantino, Ademir e Chalana; Vata. No banco, Silvino, Paulinho, Samuel, Fonseca e César Brito. No onze de Gérard Gili, há Huard; Thys, Roche, Mozer e Mura; Tigana (cap); Diallo, Vercruysse, Waddle e Cauet; Francescoli. No banco, Castaneda, Boli e Regina.
Curiosidade, os dois capitães já não se vêem desde o 3:2 de França a Portugal na 1/2 final do Euro-84, em Marselha. Outras curiosidades, Álvaro a lateral-direito como no Mundial-86 e Paulo Sousa a médio-direito (o 6 é Hernâni). Começa o jogo e o Benfica pressiona mais. Aos 43 minutos, cartões amarelos para Roche e Francescoli por protestos sobre um livre à entrada da área do Marselha. Marca-o Ademir contra a barreira. Na recarga, o mesmo Ademir atira de novo e a bola anda ali a saltitar. Vata, tranquilo na cara de Huard, faz o resultado final.
Passa-se o resto do mês de Janeiro e entramos em Fevereiro. Depois já é Março. Finalmente, Abril. É dia 20, segunda mão da meia-final da Taça dos Campeões, novamente o Marselha de Mozer na Luz. Só a vitória interessa para chegar á final. Vata substitui Lima aos 52′ e, meia-hora depois, volta a fazer o golo solitário, com a mão. Inacreditável, dois golos decisivos ao Marselha em 117 dias.