Great Scott #423: Último jogador do Vitória SC a vestir o número 10 da selecção portuguesa?

Great Scott Mais 11/18/2021
Tovar FC

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Great Scott #423: Último jogador do Vitória SC a vestir o número 10 da selecção portuguesa?

Adão

É uma honra, o 10 de qualquer equipa. Veja lá bem o 10 de Portugal nas duas conquistas mundiais dos sub20 em 1989 (Paulo Madeira) e 1991 (Nélson). Nos Mundiais da selecção principal, e por ordem cronológica, é assim: Coluna 1966, Futre 1986, Rui Costa 2002, Hugo Viana 2006, Danny 2010, Vieirinha 2014 e João Mário 2018.

Posto isto, quem é o último jogador do Vitória SC a vestir o 10 da selecção nacional? Carlos Manuel Pereira Pinto, mais conhecido como Adão. Homem de golos históricos, como aquele 1:0 do Belenenses ao Bayer na Taça UEFA 1988-89. É de livre directo e ajuda a eliminar o detentor da Taça UEFA, então treinado pelo holandês Rinus Michels, que se sagrara campeão europeu pela Holanda nesse Verão.

Como se isso fosse pouco, Adão é o único jogador de uma equipa portuguesa a marcar todos os três penáltis em desempates na UEFA. Em 1987, entre Novembro e Dezembro, marca pelo Vitória SC vs Beveren (2:2) na Bélgica e Viktovice (1:1) na Checoslováquia. No ano seguinte, em Novembro, marca pelo Belenenses vs Velez Mostar (3:3) na Jugoslávia.

Repetimo-nos. Como se isso fosse pouco, Adão é o último do Vitória SC a vestir o 10 da selecção. E repete o feito. Primeiro é em Milão, no Giuseppe Meazza. Com a qualificação já assegurada para o Euro-88, Itália derruba Portugal B sem qualquer representante de Sporting (a discutir a Supertaça vs Benfica, na Luz) nem Porto (já de viagem para Tóquio, onde conquistaria a Taça Intercontinental).

Um golo madrugador de Vialli garante tranquilidade antes do festival de bola do estreante Hernâni. O médio setubalense sofre duas faltas dentro da área (43 e 48), atira ao poste da baliza de Zenga (56) e é confundido pela imprensa italiana com Jaime Magalhães pelos constantes ziguezagues. “O resultado é um exagero, os rapazes portugueses bateram-se bem e não mereciam uma derrota tão pesada” é o comentário simpático do seleccionador italiano Azeglio Vicini. Nesse dia, em Lisboa, o reverso da medalha na final do Europeu de hóquei em patins sub-18: Portugal 1 Itália 0.

O onze é este aqui ò

1 Jesus

2 Costeado

3 Miguel

4 Frederico

5 Dito

6 Carvalho

7 Hernâni

8 Nascimento

9 Coelho

10 Adão

11 Gilberto

Duas semanas depois, dia 20 Dezembro 1987, ainda para a qualificação do Euro-88, a selecção ganha 1:0 em Malta. A anarquia do futebol português desde Saltillo é um assunto sem fim (ainda) à vista. Prova disso é a marcação da 2.ª mão da Supertaça entre Sporting e Benfica no mesmo fim-de-semana do último jogo de qualificação para o Euro-88, em Malta. Certo, Portugal já está arrumado mas, caramba, é a selecção nacional.

Com cinco jogadores do Vitória SC, o seleccionador Juca confia cegamente na equipa-surpresa da 1.ª divisão e até na Europa, a avaliar pelo apuramento até aos quartos-de-final da Taça UEFA. Dos restantes seis elementos do onze, uma diversidade regional pouco comum entre Chaves e Boavista, além de um só representante de cada grande (Fernando Mendes Sporting, Dito Benfica e Rui Barros Porto). O golo, esse, é de um boavisteiro. Frederico, de seu nome. Que nos permite acabar o grupo 2 em terceiro lugar, à frente da Suíça, que até empatara em La Valletta.

Eis o onze, com Adão a 10 mais uma vez.

1 Jesus

2 Costeado

3 Miguel

4 Frederico

5 Dito

6 Fernando Mendes

7 Rui Barros

8 Nascimento

9 Coelho

10 Adão

11 Gilberto

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