Great Scott #558: Último jogador-capitão-treinador a marcar a um grande na 1.ª divisão?

Great Scott Mais 06/08/2022
Tovar FC

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Great Scott #558: Último jogador-capitão-treinador a marcar a um grande na 1.ª divisão?

Jaime Pacheco

Maravilha, futebol de 1 a 11.

Paços com

1 Padrão

2 José Mota

3 Chico Oliveira

4 Sérgio Cruz

5 Ricardo

6 Monteiro

7 Valtinho

8 Yulian

9 Tulipa

10 Jaime Pacheco

11 Jussié

FC Porto com

1 Baía

2 João Pinto

3 Bandeirinha

4 Zé Carlos

5 Fernando Couto

6 Vlk

7 Jorge Couto

8 Kostadinov

9 Domingos

10 Timofte

11 Rui Filipe

Capitão do Paços? Jaime Pacheco. Treinador do Paços? Jaime Pacheco. O homem domina a Mata Real. Estamos em Fevereiro 1993, dia 6, jornada 20 da 1.ª divisão entre o 14.º classificado e o líder isolado. Em directo na RTP 2, o árbitro Martins dos Santos dá o apito inicial e Kostadinov falha o golo aos 21 segundos, com um chapéu de aba larga. Até ao intervalo, nada de novo e 0:0.

No reinício, sai o FC Porto e Domingos ganha a linha de fundo pela direita. O cruzamento ao segundo poste apanha Timofte, cujo remate cruzado com o pé esquerdo é assim para o frouxo. Padrão é batido em contrapé, Sérgio Cruz afasta a bola em cima da linha com a barriga. Martins dos Santos manda seguir, um dos fiscais-de-linha corre para o meio-campo em sinal de golo.

É a confusão em Paços, o fiscal-de-linha é travado pelo banco do Paços e é preciso a intervenção da GNR. Dentro de campo, Timofte posiciona-se no seu meio-campo com toda a naturalidade enquanto Padrão, com a bola nas mãos, estica o dedo a Martins dos Santos. Numa assentada, o árbitro portuense mostra amarelos a Mota e Monteiro, ambos por protestos. O reboliço dura dois minutos, só. No relvado, queremos dizer. Fora dele, é o fungagá da bicharada. As gentes de Paços agitam sem parar a cerca.

Perto do minuto 70, Bandeirinha abre para Timofte na esquerda e o centro do romeno para o outro lado do campo é controlado por Kostadinov com o pé esquerdo. O búlgaro, livre de marcação, ajeita a bola e atira com o pé direito para o 0:2. Sem espinhas, o FC Porto confirma a vitória. Em cima dos 90’, Martins dos Santos indica cinco minutos de descontos.

Ao cair do pano, o Paços reduz com um belo golo. É uma jogada iniciada pelo suplente João Baptista a desmarcar Ricardo pela direita. O lateral centra largo, Miguel Bruno (outro suplente) faz feio na recepção com o peito e Jaime Pacheco, no limite da área, cheio de intenção, remata em todo o seu esplendor. A bola em modo folha-seca viaja para o poste mais longínquo de Vítor Baía, sem qualquer hipótese para o guarda-redes portista.

Está feito o resultado e está feito história. Até hoje. Jaime Pacheco é o último jogador-capitão-treinador a marcar a um grande na 1.ª divisão. Por coincidência, é o seu único golo pelo Paços em duas épocas. É obra. Do mestre Jaime.

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