Great Scott #593: Último português a marcar um hat-trick na NASL?

Great Scott Mais 07/27/2022
Tovar FC

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Great Scott #593: Último português a marcar um hat-trick na NASL?

Bolota

Bolota, Francisco Estêvão Bolota. É nome (completo) de craque. O homem faz trinta por uma linha nos clubes de classe baixa na 1.ª divisão e marca 12 golos pelo U. Tomar 1974-75 mais 12 pelo Montijo em 1976-77. Que maravilha.

Ali pelo meio, um hat-trick. O seu único em Portugal, e o único do Montijo na 1.ª. Estamos no primeiro fim-de-semana de Março 1977, o Beira-Mar trava o Sporting em Aveiro (1:1, com o tal último golo de Eusébio no campeonato) e o Benfica é mais líder com dois golos de Shéu vs Vitória FC na Luz (3:1). No Montijo, a goleada do dia com 6:0 vs Atlético. Ao intervalo, 1:0. Cortesia Bolota. Na segunda parte, pobre Azevedo, guarda-redes do Atlético. Cinco secos, dois dos quais de Bolota, em tão-só seis minutos.

Às tantas, Bolota emigra para os EUA, como muitos outros portugueses. Por um punhado de dólares, é o sonho americano. O avançado, número 9 nas costas, assina pelo Rochester Lancers e também aí comete a proeza de assinar um hat-trick, o último de um português na NASL. Agora já estamos em Junho 1978, dia 3.

Na Argentina, o Mundial dá voltas e mais voltas. A Holanda despacha o Irão por 3:0 e a Áustria ganha 2:1 vs Espanha na Bombonera. Nos EUA, mais precisamente em Chicago, os Sting sofrem com o apetite goleador de Bolota. Um dois três, diga lá outra vez. O português garante o 3:2 e marca pelo terceiro jogo seguido (um vs Cosmos em Nova Iorque, um vs Earthquakes em Rochester). Daí a quatro dias, vs Seattle Sounders em casa, Bolota pica novamente o ponto num 2:1.

Contas feitas, Bolota acaba a época 1978 pelo Lancers com 12 golos e três assistências em 28 jogos. É de longe o melhor registo da equipa, eliminada na fase regular e cujo guarda-redes é o pai de Svilar.

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