Great Scott #606: Último guarda-redes a sofrer golos em finais europeias e do Mundial no mesmo ano?
Schumacher
A Alemanha é tramada e tem destas coisas incríveis, do arco da velha. Só há três guarda-redes com golos sofridos em finais europeias e do Mundial no mesmo ano e todos os três pertencem à RFA.
O primeiro é Tilkowski. Vencedor da Taça das Taças 1966 pelo Dortmund, vs Liverpool em Glasgow (2:1 após prolongamento), sofre quatro golos na final do Mundial vs Inglaterra, em Wembley, também após prolongamento. Dos cinco golos sofridos nessas duas finais, Hans pode (e deve) queixar-se de três irregulares. No 1:1 de Hunt em Glasgow, a bola passa a linha de fundo no cruzamento de Thompson – o fiscal-de-linha agita a bandeirola, o árbitro nem sequer saber. No 3:2 de Hurst em Wembley, a bola não cruza totalmente a linha de golo. E nos 4:2 de Hurst, uns quantos adeptos entram em campo durante o contra-ataque.
O segundo é Maier. Vencedor da Taça dos Campeões 1974 pelo Bayern, vs Atlético Madrid em Bruxelas, sagra-se campeão mundial vs Holanda em Munique. Nas três finais (a europeia acumula 210 minutos pelo empate após prolongamento na primeira tentativa), Sepp só sofre golos de bola parada. Obra de Luis Aragonés, de livre directo, e Johan Neeskens, de penálti. O terceiro, e último, é Schumacher. Finalista da Taça UEFA 1986 pelo Colónia, vs Real Madrid, é também finalista do Mundial-86 na Cidade do México. Nas três finais (a Taça UEFA ainda é a duas mãos), Harald sofre oito golos. Ao todo, cinco do Real e três da Argentina. Ao todo, três de Valdano e cinco do resto. O hat-trick de Valdano é literalmente um dois-em-um. No 5:1 no Bernabéu, para a 1.ª mão, o argentino faz o 3:1 com o pé esquerdo e o 4:1 com o direito. No 3:2 da Argentina, o número 11 isola-se pela esquerda e dá-lhe com a direita para o 2:0.