Great Scott #610: Quem marca o golo mais tardio de uma final europeia?
Ronaldo
Há três hipóteses em carteira, o remate a 30 metros de Schwarzenbeck em 1974, o chapéu de aba larga de Nayim em 1995 ou o penálti de Ronaldo em 2014. Tic tac tic tac.
Continua, tic tac tic tac. O 1:1 de Schwarzenbeck no Bayern vs Atlético em Bruxelas é aos 119 minutos e 21 segundos. A bola entra encostada ao poste direito do guarda-redes espanhol, pai do Reina, suplente de Casillas nas conquistas do Euro-2008 e Mundial-2010. Dois dias depois, e à falta de outra forma de desempate, joga-se a finalíssima e acaba 4:0 para o Bayern.
Vamos ver agora o 2:1 do Saragoça vs Arsenal em Paris? Tic tac tic tac. O relógio da TVE indica 119’32’’ quando a câmara se fixa em Schwarz (sem o enbeck) durante uma reposição de bola do guarda-redes aragonês Cedrún. Do dito pontapé ao outro mais glorioso de Nayim, 14 segundos.
Pobre Seaman, vilão pouco tempos após ter sido um herói em sacar uma bola impossível na primeira parte do prolongamento. Bola essa que embate no poste e nas costas antes de lhe cair nas mãos por obra do destino. Mais tarde, o destino prega-lhe uma partida e a chapada na bola é infrutífera. É golo, aos 119 minutos e 46 segundos, e o Saragoça leva a Taça das Taças contra todas as previsões. Até porque o Arsenal é o detentor do troféu.
Vamos ver agora o Real vs Atlético em Lisboa? Tic tac tic tac. O susto já pertence ao passado. Ao golo de Godín com culpa para Casillas com uma saída dos postes sem eira nem beira, responde Sergio Ramos, também de cabeça, nos descontos. No prolongamento, Di María mete a quinta e desequilibra a balança. Bale, 2:1. Marcelo, 3:1. Aos 119’, Gabi faz penálti sobre Ronaldo. E o português engana Oblak, aos 119 minutos e 52 segundos. Aí está o que é, Ronaldo é o do golo mais tardio. E, por supuesto, o mais festejado. O 7 tira a camisola e exibe os músculos na linha lateral, onde está uma câmara muito especial a filmá-lo para um documentário.