Great Scott #616: Único jogador de campo a ir à baliza num desempate por penáltis em provas da FIFA?

Great Scott Mais 08/29/2022
Tovar FC

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Great Scott #616: Único jogador de campo a ir à baliza num desempate por penáltis em provas da FIFA?

Ricardo Esteves

Terceira classificada em 1995, a selecção portuguesa falha o Mundial sub20 seguinte, em 1997, e só regressa à alta roda em 1999, sob o comando de Jesualdo Ferreira.

Na Nigéria, o início é prometedor com 3:1 vs Coreia do Sul, golos de Ricardo Sousa e Simão (2). Segue-se a derrota vs Mali por 2:1 (Paulo Costa). Para fechar as contas, é preciso pontuar vs Uruguai para segurar o segundo lugar. Meu deu meu feito, 0:0.

Nos oitavos, Portugal vs Japão em Bauchi. O onze é Sérgio Leite mais Ricardo Esteves, Caneira, Carreira e Fredy. No meio-campo, Filipe Anunciação, Hugo Leal e Neca. No ataque, Simão, Paulo Costa e Filipe Cândido.

Ao intervalo, 0:0. No reinício, aos 49’, Endo abre o marcador num remate extraordinário do meio da rua. Sérgio Leite voa, em vão. O Japão carrega e está perto do 2:0, não fosse uma defesa de rins do guarda-redes português. Azar dos azares, Sérgio Leite lesiona-se com gravidade aos 70’ num choque com Takahara. Azar dos azares, parte ii, Jesualdo Ferreira já fizera as três substituições permitidas por lei.

Ou seja, é obrigatório sacar um homem de campo e jogar com dez até ao fim. O lateral Ricardo Esteves candidata-se ao cargo e veste a camisola do guarda-redes suplente Márcio Santos. Faltam 20 minutos, e agora? Dá-se o impensável, 1:1 do suplente Marco Cláudio num pontapé ao ângulo superior desde o limite da área. É o único golo do União Montemor na história das selecções nacionais. Faltam 10 minutos, e agora? É defender a baliza de Ricardo Esteves

Vamos todos para prolongamento e Ricardo Esteves continua seguro. Temos guarda-redes. O desempate de penáltis é um momento especial. Começam Simão e Ono, 1:1. Continuam Marco Cláudio e Koji Nakata, 2:2. Ricardo Sousa e Motoyama, 3:3. Segue-se Paulo Costa e falha. Takahara marca, 4:3 para o Japão. Ainda faltam dois remates. Hugo Leal assina o 4:4 e Sakai engana Ricardo Esteves.

Portugal voa para casa, enquanto o Japão chega à final, perdida para a Espanha sem apelo nem agravo (4:0). Já Ricardo Esteves acaba o empréstimo ao Oriental e faz-se jogador do Benfica, clube de toda a sua formação. Mais tarde, é capitão do Marítimo e joga em Itália (Reggiana) mais Coreia do Sul (FC Seul) e Grécia (Asteras).

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