Great Scott #666: Único português a ganhar duas Taças das Taças?
Couto
Lançado por Tomislav Ivic em Coimbra num Académica vs. FC Porto da 1.ª divisão, em Junho 1988, a vida de Fernando Couto ganha outro élan com o título de campeão mundial sub20 em Março 1989, aí já como jogador do Famalicão, emprestado pelo FC Porto.
De regresso à casa mãe em 1990, o central assina quatro épocas de assinalável mérito até emigrar em definitivo. Itália, primeiro. Espanha, depois. Itália, de novo. Levanta a Taça UEFA na primeira época de todas, em 1994-95, ao serviço do Parma. E levanta duas Taças das Taças, a primeira pelo Barcelona em 1997, a segunda pela Lazio em 1999.
Nas duas campanhas, Couto convive com realidades distintas. No Barcelona, juntamente com os compatriotas Baía e Figo, é titular fixo para Robson. É um dos heróis da ½ final, vs. Fiorentina, em Florença, como autor do 0:1.
Na final, em Roterdão, joga os 90 minutos a fazer dupla com Abelardo. Ao longo desse tempo, vê um cartão amarelo aos 16’, por falta (joelho com joelho) sobre Fournier e é-lhe anulado um golo soberbo de cabeça, na sequência de um canto da esquerda por Guardiola. Falta do capitão Popescu, diz o árbitro alemão Markus Merk (o da final do Euro-2004). Baaaaaah,
O golo solitário é de Ronaldo, de penálti, a castigar falta de N’Gotty sobre o brasileiro. Chamado a bater, é bola para um lado, Lama para o outro. A receita é a mesma do sábado anterior, quando Ronaldo engana Illgner no 1:0 vs. Real Madrid para a Liga.
Duas épocas depois, já na Lazio, o raio de acção de Couto já é mais diminuto por culpa da qualidade infinita dos centrais Nesta (capitão) e Mihajlovic. É suplente de Eriksson e substitui Mancini aos 90’+1, já com 2:1 no marcador. O árbitro Günter Benko (o da ½ final vs. França no Euro-2000) dá quatro minutos e Couto ainda vai a tempo de dar três cabeçadas na bola, todas no meio-campo. Curiosamente, o último jogador da Lazio a tocar na bola é outro português, também suplente: Sérgio Conceição.