Great Scott #676: Primeiro jogador a marcar 5 ou + golos em dois Mundiais?

Great Scott Mais 11/25/2022
Tovar FC

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Great Scott #676: Primeiro jogador a marcar 5 ou + golos em dois Mundiais?

Cubillas

A sua maior alegria é a conquista da Copa América 1975. ‘Eliminámos o Brasil por sorteio. Ganhámos 3-1 em Belo Horizonte e perdemos 2-0 em Lima. Como não havia desempate, foi a sorteio. Ganhámos nós o direito de ir à final, com a Colômbia. Os jogos eram em Outubro. Perdemos 1-0 em Bogotá e ganhámos 2-0 em Lima. Mais uma vez, como não havia regra de desempate, e com uma vitória para cada lado, era preciso uma finalíssima em campo neutro. Escolheu-se Caracas, na Venezuela.’

E o Cubillas? ‘O FC Porto não queria que viajasse. Então se eu ganhava mais que o Eusébio, imagina! Mas viajei à mesma. Foi uma loucura. Joguei no Bessa, a chover a potes, no domingo, e perdemos [1-0, golo de João Alves]. Meti-me num avião e cheguei a Caracas na segunda-feira, véspera da finalíssima, que ganhámos 1-0, golo do Sotil, que jogava no Barcelona com o Cruijff. Quando cheguei ao Porto, os dirigentes estavam felicíssimos. Cubillas campeão sul-americano, que honra.’

Que honra, podes crer. Por muitos estrangeiros que passem no FC Porto, por muitos golos que marquem (Jardel, 168), por muitos títulos que ganhem (Aloísio, 19), há um que sempre será ‘a’ referência. É o peruano Teófilo Cubillas. Joga nas Antas entre Fevereiro 1974 e Maio 1977, só marca 68 jogos, só faz 108 jogos, só ganha uma Taça de Portugal. Só, e é a referência.

O Peru é o Peru por Cubillas, o primeiro jogador a marcar cinco ou mais golos em dois Mundiais (1970, 1978) e o autor do golo mais incrível de livre directo em Mundiais. É verdade, acredite: Córdoba, 3 Junho 1978. É o jogo de abertura do grupo 4. A Escócia marca primeiro e ainda falha um penálti, defendido pelo excêntrico Quiroga, o único guarda-redes em Mundiais a ver um cartão amarelo no meio-campo adversário (mais uma vez: é verdade, acredite).

Adiante, o Peru empata e, depois, parte para a vitória com dois golos de Cubillas. O primeiro é um pontapé do meio da rua, ao ângulo superior de Rough. Formidável. O segundo é um livre à entrada da área em que Cubillas atira com a parte de fora do pé direito e a bola, com efeito banana, entra pelo lado da barreira. Sensacional. Daí a oito dias, Cubillas assina um hat-trick vs. Irão.

A sequência

1970

RFA

Marrocos

Marrocos

Bulgária

Brasil

1978

Escócia

Escócia

Irão

Irão

Irão

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