Great Scott #691: Melhor marcador nos jogos para decidir 3.º e 4.º lugares em Mundiais?
Fontaine
Fontaine, Just Fontaine é um caso raro no futebol mundial e nem sabemos bem como iniciar um texto sobre o avançado francês. Vamos falar dos 30 golos em 21 internacionalizações ou do hat-trick vs. Portugal em 1959 ou dos 13 golos em seis jogos no Mundial-58?
Há material do bom, muito bom. No Mundial-58, Fontaine é o melhor marcador por larga diferença em relação a Pelé (Brasil) e Rahn (RFA), ambos com seis. A sequência de Just é tremenda com golos em todos os jogos, entre Paraguai (3), Jugoslávia (2), Escócia (1), Irlanda do Norte (2), Brasil (1) e RFA (4).
Nesse último jogo, o da consolação para atribuir o terceiro lugar, Fontaine desfaz equívocos (se os houvesse) e marca quatro à RFA num 6:3 em Gotemburgo. Nunca mais ninguém comete idêntica proeza nesse jogo sem valor emocional e só dois chegam ao bis: Ilhan no Turquia vs. Coreia do Sul em 2002 e Schweinsteiger no Alemanha vs. Portugal em 2006. Antes, o bis já dera o ar de sua graça em 1934 (Lehner no RFA vs. Áustria) e 1938 (Leónidas no Brasil vs. Suécia).
Filho de um inspector-geral da empresa de cigarros Tabacalera, nasce em Marraquexe e passa a infância em Casablanca antes de se impor em França. Primeiro, Nice. Depois, Stade Reims – onde é melhor marcador de campeonato e taça no ano do Mundial-58.
Por sorte, o 9 da França lesiona-se. Por azar, as chuteiras de Fontaine rompem-se e não tem outras. Uiiiiii, e agora? Bruey, do Angers, empresta-lhe as botas e é com elas que marca 13 golos, ainda hoje um recorde numa única edição dos Mundiais.