Great Scott #767: Único treinador do século XXI a eliminar equipas portuguesas por três clubes na Europa?

Great Scott Mais 04/14/2023
Tovar FC

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Great Scott #767: Único treinador do século XXI a eliminar equipas portuguesas por três clubes na Europa?

Roberto Mancini

Como jogador, cinco estrelas. Dez até. Craque da cabeça aos pés, dono de golos históricos e inacreditáveis como aquele de calcanhar, em jeito de desprezo, na sequência de um canto. A bola entra no ângulo superior, é um hino ao futebol.

Como treinador, Roberto ganha o primeiro título da sua carreira na Fiorentina, por via golo de Nuno Gomes. É a segunda mão da final da Taça de Itália, o Parma surpreende 1:0 em Florença (a eliminatória está 1:1). Mancini lança então Nuno e o 21 faz o golo da festa aos 65 minutos. Rui Costa, como capitão, levanta a taça.

Passam-se três anos, Mancini já é o treinador da Lazio e o sorteio da pré-eliminatória da Liga dos Campeões 2003-04 dá Benfica. A primeira mão é em Roma e a Lazio sai na frente por Corradi, a aproveitar desentendimento entre Argel e Fernando Aguiar. Depois é Fiore quem estica para 2:0. Simão reduz e anima. Só que o brasileiro Roger faz mão em zona proibida e disso se aproveita Mihajlovic para o livre directo do definitivo 3:1.

Na segunda mão, em pleno Estádio do Bessa, por obras da Luz para o Euro-2004 e a recusa da UEFA em jogar no Jamor, o Benfica começa cheio de energia e depressa perde as pilhas por culpa de um golo do brasileiro César aos 28 minutos. Acaba 1:0 para a Lazio, com dez defesas de Peruzzi (três das quais a remates de Petit) ao longo dos 90 minutos e duas bolas no poste de Moreira (uma delas de Fernando Couto, suplente utilizado, tal como Sérgio Conceição).

O segundo acto de Mancini é já pelo Inter, na época seguinte (2004-05), nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. A vítima é o FC Porto, detentor do ceptro e actual campeão mundial. O Inter de Mancini empata 1:1 no Dragão, golos de Martins e Ricardo Costa. Em Milão, um hat-trick de Adriano num jogo com mais de 40 faltas desfaz qualquer dúvida. No fim, Costinha sai a chorar do relvado e Jorge Costa congratula-se com o facto de ter marcado o primeiro golo europeu ao Inter no Giuseppe Meazza nessa época.

A terceira alegria de Mancini é em 2011-12, pelo Manchester City, novamente vs. FC Porto. Agora Liga Europa, 16 avos. O Dragão recebe a primeira mão e o primeiro golo da noite pertence a Varela, assistido por Hulk. Na segunda parte, uma série de azares permite a reviravolta do City, marcada por Alvaro Pereira (própria baliza) e Agüero (suplente).

A expectativa é muita para a segunda mão e Vítor Pereira começa com Maicon a lateral-direito mais Otamendi a central. Sai o FC Porto e Otamendi oferece a bola ao City. Um, dois, três, Agüero abre a conta aos 19 segundos. Isso, se-gun-dos. Na segunda parte, e já sem Otamendi em campo (lesionado por um pontapé de bicicleta de Maicon), o City dá largas à goleada no último quarto de hora, por Dzeko (na sequência, Rolando é expulso por protestos sobre o fora-de-jogo inexistente), David Silva e Pizarro.

O Sporting de Sá Pinto colocaria um ponto final na aventura europeia do City, na eliminatória seguinte, e festeja o apuramento em pleno Ettihad.

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