Great Scott #815: Último treinador de uma equipa portuguesa sem fazer qualquer substituição num jogo europeu?

Great Scott Mais 06/21/2023
Tovar FC

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Great Scott #815: Último treinador de uma equipa portuguesa sem fazer qualquer substituição num jogo europeu?

Souness

O objectivo inicial é atingido, o Benfica elimina o Beitar Jerusalém e vai à fase de grupos da Liga dos Campeões. O 6:0 na Luz é mais de meio caminho andado para o sucesso, o problema é a segunda mão em Israel, onde o Benfica apanha 4:2. Há contornos de escândalo à volta do resultado e o capitão João Vieira Pinto é obrigado (não há outra forma de o dizer) a ler um comunicado à imprensa a pedir desculpa aos adeptos. Do Benfica, claro.

O sorteio da fase de grupos inclui Kaiserslautern, PSV e HJK. Só passa o primeiro e o Kaiserslautern dá zero hipótese à concorrência, com três vitórias nas primeiras quatro jornadas. Já apurado para os ¼, o campeão alemão visita a Luz em registo de passeio. Já o Benfica quer despedir-se dos adeptos em beleza.

O treinador escocês Graeme Souness escolhe um onze com Ovchinnikov; Tahar, Paulo Madeira, Ronaldo e Minto; Calado e Pembridge; Poborsky e Hugo Leal; João Vieira Pinto e Nuno Gomes. No banco, Paulo Lopes, Andrade, Kandaurov, Nandinho, Porfírio, Luís Carlos e Pringle.

O Kaiserslautern, impossível esquecer, é uma equipa de classe média com tiques de grande, por obra e graça do treinador Otto Rehhagel, campeão da 2.ª e 1.ª divisões da Alemanha em anos seguidos. Como curiosidade, a numeração seguida dos guarda-redes: o 1 está entregue a Reinke, o 2 a Gospodarek.

Adiante, é a grande noite europeia de Poborsky. O extremo checo parte a loiça e entregue literalmente os dos golos da vitória, o primeiro a Nuno Gomes numa arrancada irresistível com ultrapassagem a alta velocidade sobre o lateral nigeriano Ojigwe, o segundo a João Vieira Pinto numa finta desconcertante com o calcanhar na cara do egípcio Kamouna.

O Kaiserslautern, até então invicto na Europa, reduz a diferença no último minuto através do suplente Rische, de cabeça. Quando soa o apito do árbitro inglês Graham Barber, uma nota engraçada: zero substituições de Souness. Curiosamente, o último Benfica europeu sem suplentes em campo é o de Mário Wilson em 1995, vs. Bayern (outra equipa alemã) treinado por? Nem mais, Otto Rehhagel.

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