Great Scott #824: Primeiro português a marcar três golos no Santiago Bernabéu?

Great Scott Mais 07/16/2023
Tovar FC

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Great Scott #824: Primeiro português a marcar três golos no Santiago Bernabéu?

Padinha

Agosto 1980, o Real Madrid convida o Benfica para o Troféu Santiago Bernabéu. É uma honra, à qual se juntam outros ilustres dois convidados entre Dìnamo Kiev e Bayern Munique.

As ½ finais terminam empatadas, 0:0 entre Bayern e Dínamo, 2:2 entre Real e Benfica. O inglês Cunningham bisa aos 32 e 36 minutos, o central Humberto Coelho imita-o perto do fim, aos 78’ (passe de Reinaldo) e 85’ (de cabeça). No desempate por penáltis, o Benfica esbarra no infortúnio e é Humberto o único a enganar García Remón. Os outros dois falham – Nené e Chalana. Quando Juanito faz o 4:1, fim de papo e o Benfica vai jogar pelo terceiro lugar.

Dois dias depois, a 31 Agosto, Reinaldo até dá um ar da sua graça com o 1:0 aos 11’, só que o Dínamo dá a volta por Veremeev (31’) e Evtashenko (73’). O Benfica acaba o torneio em último. O vencedor, esse, é o Bayern (5:4 nos penáltis) numa final apitada pelo português Inácio de Almeida.

Fim.

Nada disso. Porque o Benfica também leva os juniores e, aí sim, há espectáculo. Culpa de um tal Padinha, mais tarde lançado na equipa principal por Baroti. Ora bem, nessa altura, Padinha é uma referência da formação, um avançado de predicados elevados. E a verdade é que o rapaz dá boa conta de si num 3:0 vs. Bayern em pleno Bernabéu. Como?

Fácil, Padinha anota um hat-trick aos 33, 35 e 72 minutos. É um jogo memorável, é o primeiro hat-trick de um português na casa do Real Madrid. A seguir a Padinha, só mesmo Cristiano Ronaldo em 2010. Ou seja, 30 anos depois. Para a história, aqui vai op onze do Benfica, com Guimarães; Carlos Pereira, Toni, Leonardo e João António (Lopes); Henriques, Carlos Manuel e Dinis (Carlos Ferreira); Padinha, Pacheco e Nelson. Suplentes não utilizados Gama, Alves e Orge.

Paulo José Vieira Padinha, natural de Alhandra, estreia-se na equipa principal em Fevereiro 1982, com Lajos Baroti ao leme. Ao segundo jogo, marca o 1:1 vs. Amora na Luz. Na época seguinte, já com Eriksson, a aposta mantém-se, como extremo-direito. E marca no único jogo europeu da carreira, vs. Betis (2:1 na Luz). Curiosidade maiúscula: em 22 jogos pelo Benfica, nenhuma derrota, tão-só dois empates e 20 vitórias (uma das quais vs. FC Porto, nas Antas, para a final da Taça de Portugal).

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