Great Scott #834: Único brasileiro a marcar um golo na final da Taça das Taças?
Ronaldo
A Taça das Taças esconde segredos, muitos segredos. A única portuguesa a levantá-la é o Sporting, em 1964, no tal canto directo de Morais vs. MTK. A única equipa portuguesa a perder a final é o FC Porto, precisamente 20 anos depois, em 1984, vs. Juventus. O Benfica é o representante português em 1996-97, por mérito da conquista da Taça de Portugal vs. Sporting por 3:1, a do very-light.
Esse Benfica começa a época com Mário Wilson, prossegue com Paulo Autuori e desagua em Manuel José. É ele quem chega aos ¼ final, afastado pela Fiorentina de Rui Costa. E Batistuta mais Baiano, autores do 2:0 na Luz – em Florença, o 1:0 de Edgar é insuficiente.
O favorito ao título é, desde o início, o Barcelona de Robson e Mourinho. O plantel é cheio de virtuosismo. E de portugueses, com Baía à baliza, Couto no meio e Figo a distribuir jogo. Lá à frente, o maior. Esse mesmo, Ronaldo. É o brasileiro quem marca o primeiro golo do Barcelona nessa competição, vs. AEK Larnaca, em Camp Nou.
Seguem-se mais três adversários entre Estrela Vermelha (um golo de Figo), AIK Solna e Fiorentina (um golo de Couto). A final é vs. PSG de Kenedy, suplente não utilizado. A UEFA decide Roterdão e a banheira do De Kuip assiste a um jogo táctico, com sinal mais do Barcelona.
O único golo da noite é de penálti, por falta sobre Ronaldo. O brasileiro aceita o desafio de encarar Lama a 11 metros da baliza. E faz o golo do título. O Barcelona limpa a Taça das Taças, além da Taça do Rei e da Supertaça espanhola – só lhe escapa a Liga, na direcção de Madrid, onde mora o Real de Capello e Secretário a conta-gotas. Tanto antes como depois, nunca um brasileiro marcara na final da Taça das Taças. É de Ronaldo, esta proeza. Mais uma.