Great Scott #841: A quem marca Paulo Sousa o primeiro golo ao serviço do Benfica?
Van Breukelen
O torneio Phillips / Cidade de Lisboa é um balão sem ar. Muita conversa, muito charme etc e tal. Para quê? Nada, é um torneio de classe média em que as quatro equipas se apresentam assim-assim. Benfica e Sporting metem suplentes, PSV e Ajax jogam a passo, mais de olho na opípara mudança gastronómica por 10 dias.
Nas ½ finais, o Sporting despacha o Benfica na Luz por 2:0, bis de Cascavel na cara de um atarantado Dias Graça. O Benfica de Eriksson joga com Dias Graças; Álvaro, Paulinho, Paulo Madeira e Fernando Mendes; Hernâni, Ademir, Diamantino e Chalana; Abel e Lima. Já o Sporting de Raul Águas vai com Ivkovic; João Luís, Miguel, Valtinho e Leal; Carlos Xavier, Marinho, Ali Hassan e Silas; Cascavel e Cadete.
Dois dias depois, no José Alvalade, o Ajax dobra o PSV por 2:1. Daí a quatro dias, acertam-se os quatro primeiros lugares. A odisseia começa na Luz, com o Benfica vs. PSV. É a reedição da final da Taça dos Campeões 1988, em Estugarda, decidida nos penáltis. E, desta vez, Diamantino é mesmo o capitão.
Ao intervalo, 1:1 por Lima e Romário (chapéu a Dias Graça). Na segunda parte, Eriksson mete Paulo Sousa. Já o incluíra no dérbi, aos 60 minutos. Desta vez, o médio entra e decide. Nem precisa de muito tempo, bastam-lhe 10 minutos. É uma bola perdida na área do PSV e o miúdo decide-se pelo remate de pronto, cheio de força e colocação. Van Breukelen nem a vê. É o primeiro golo de Paulo Sousa no Benfica, o primeiro da carreira sénior.
Até final, o Benfica ainda dilata para 3:1, bis de Lima. No dia seguinte, no José Alvalade, o Sporting levanta o caneco com 2:0 vs. Ajax, obra de Cadete e Silas.