Great Scott #847: Quem decide o clássico FC Porto vs. Benfica na apresentação de Casagrande?
Mlynarczyk
É um portento. De classe e técnica. Jozef Mlynarczyk chega ao FC Porto a meio da época 1985-86 e estreia-se na Luz, para a 1.ª divisão. Acaba 0:0, com penálti de Gomes defendido por Bento e golo anulado a Frasco. Na retina, as reposições de bola de Mly. Com o pé, a bola vai parar a Bento. Com a mão, a bola passa a linha do meio-campo.
Um portento, insistimos. Menos de um ano depois, já na época 1986-87, o FC Porto contrata outra estrela internacional. Chama-se Casagrande, avançado brasileiro longilíneo. A sua chegada em Dezembro calha em cima de um clássico vs. Benfica para celebrar o rebaixamento do Estádio das Antas.
Atenção, o Benfica vem dos tais 7:1 no José Alvalade e está desnorteado. O FC Porto acabara de dar 8:3 ao Farense, com bis de Futre e póquer de Gomes entre a bruma de um sábado à noite. O clássico, visto por 70 mil pessoas numa noite fria, começa tardíssimo e acaba de madrugada, porque há empate (abre Gomes, em antecipação a Edmundo, fecha Chiquinho Carlos, numa sensacional jogada individual desde o meio-campo) e é preciso penáltis.
No desempate, André abre a conta, César Brito atira à barra, Elói faz o 2:0, Chiquinho o 2:1, Juary o 3:1, Nunes falha completamente o alvo, Jaime Pacheco permite a defesa de Silvino, Dito reduz para 4:2. Só falta um penálti. Se marcar, o FC Porto sai com a taça. Mly avança e marca. Um portento.