Great Scott #877: Quem é o melhor marcador do Europeu de juniores 1992 em hóquei em patins?
Filipe Santos
Portugal conquista o título europeu de juniores em 1980 e, depois, passa toda uma década a ver navios. Até 1992, em Villeneuve (Suíça), onde a selecção treinada por João Meireles alcança o primeiro lugar do pódio numa acérrima discussão com Espanha.
Há três candidatos ao título e Portugal dá um grande avanço nas suas pretensões com o 3:2 vs. Itália. É um jogo bastante interessante de se seguir, com parada e resposta. Começa Portugal, por João Dias. Empata a Itália, por Aloisi. Desempata a Itália, por Dolce. Empate Portugal, por Filipe Santos. Desempata Portugal, por Ramalho.
Segue-se o clássico ibérico e aí é diferente. A Espanha empata-nos 2:2 e adia a decisão do título para o último dia, um sábado 21 Novembro. O prato forte é o Espanha vs. Itália às 1945 o’clock. O pavilhão está quase cheio e a maioria é de adeptos portugueses – emigrantes, claro. Se a Espanha ganha, só celebra o título se Portugal ganhar por menos de cinco golos de diferença.
A tónica do jogo é golo da Espanha, empate da Itália, golo da Espanha, empate da Itália. A cinco minutos do fim, a Itália adianta-se e a Espanha reage ao pontapé. Isso mesmo, o seleccionador Villanova pontapeia o árbitro português Barbosa nas partes baixas – acto condenado pelo próprio presidente da federação espanhola.
Com a vitória italiana, basta o empate a Portugal. No outro lado, a Suíça. O jogo das 2100 o’clock é cauteloso, o mínimo erro é fatal. Por isso, 2:0. O primeiro da noite é de João Dias, de ângulo reduzido. O segundo é de Filipe Santos, que lhe permite sagrar-se o melhor marcador da competição, com 16 golos, à frente do italiano Dolce (15) e do espanhol Tibau (13, autor dos dois golos vs. Portugal).
Para chegar a esse título individual, Filipe Santos brilha intensamente vs. Alemanha. O resultado de 15:4 é altamente desnivelado, com 11:1 ao intervalo, e o hoquista do FC Porto assina nove golos.